O senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve passar a ser
investigado formalmente na Operação Lava Jato depois de ter sido acusado de
receber propina na delação premiada do senador Delcídio do Amaral.
O caso ainda
será analisado pelos procuradores do grupo de trabalho da Operação Lava Jato na
Procuradoria-Geral da República, mas investigadores avaliam preliminarmente que
deve ser pedida abertura de inquérito contra o tucano.
Delcídio afirmou, na delação, que o presidente do PSDB
recebeu propina de Furnas. Ainda sobre o tucano, Delcídio relatou um caso na
CPI dos Correios, que investigou o mensalão, no qual Aécio teria atrasado o
envio de dados do Banco Rural para fazer uma "maquiagem" nas
informações. "A maquiagem consistiria em apagar dados bancários
comprometedores que envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia
Legislativa de Minas Gerais, Marcos Valério e companhia", afirmou.
Segundo Delcídio, Carlos Sampaio sabia da fraude feita em
dados do Banco Rural a pedido de Aécio Neves. Para os investigadores, o caso
envolvendo a CPI é o mais grave envolvendo Aécio e deve ser o principal alvo do
grupo de trabalho da Lava Jato na PGR.
Nas redes sociais, a delação sobre Aécio gerou grande
repercussão e ele, inclusive, já se tornou alvo de um "Furnaleco",
vestido de presidiário.
Aécio nega
Aécio publicou nota em que chama de "falsas" e
"mentirosas" as citações que Delcídio fez a ele em sua delação
premiada. Ele diz que o ex-petista lança mão de histórias que "não se
sustentam na realidade e se referem apenas a 'ouvir falar ' de terceiros".
"Delcídio repete o que vem sendo amplamente disseminado
há anos pelo PT que tenta criar falsas acusações envolvendo nomes da oposição.
É curioso observar a contradição na fala do delator já que ao mesmo tempo em
que ele diz que a lista de Furnas é falsa, ele afirma que houve recursos
destinados a políticos", afirmou.
Via Brasil 247
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