Os embargos apresentados pelo presidente da Câmara, deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra o rito de impeachment da presidenta Dilma
Rousseff definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devem ser julgados na
próxima semana. A informação foi dada nesta terça-feira (8) após reunião de
deputados da oposição com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski. A
bancada do PCdoB acredita que o processo de impeachment perdeu força.
Para o líder da bancada do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), “é hora de virar de uma vez por todas esta página do impeachment” |
O vice-líder do governo, Silvio Costa (PTdoB-PE), a exemplo
do líder comunista, não vê problemas na instalação da comissão especial do
impeachment. Segundo ele, a medida contribuirá para esclarecer que não há
motivos para a presidenta Dilma Rousseff deixar o governo.
“O governo quer, sim, instalar a comissão do impeachment,
para acabar com esta brincadeira. A oposição brasileira, além de
desqualificada, trabalha claramente contra o país. O governo não está
preocupado com isso. Se votar amanhã e quiser instalar a comissão, a gente
instala", ressaltou Costa.
Sem força
O deputado Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA) não acredita em
alteração no resultado. “Foi uma decisão completa. Então, não acredito que
haverá mudança, sobretudo, no que é essencial: o voto vai ser aberto, a comissão
especial vai ser formada por indicação dos líderes e quem decide sobre o
processo é o Senado junto com a Câmara. O rito inventado do Cunha está
sepultado”, avalia.
Ele avalia que o impeachment só tinha força com as regras
impostas pelo presidente da Casa. “A oposição contava com o rito do Cunha, mas
com regra clara até a oposição tende a diminuir os esforços em relação ao
impeachment. Nós não temos medo do debate político sobre essa questão, pois não
há base jurídica que sustente o impeachment. Com este rito do STF, nós não
teremos golpe, nem vamos ter impeachment”, afirma Rubens Pereira Jr.
De Brasília, com informações da Ass. Lid. PCdoB na Câmara
Via – Portal Vermelho
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