Os professores da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) se reuniram em assembléia geral na última quinta-feira (5) e
decidiram paralisar as atividades no dia 16 deste mês. No mesmo dia, a segunda
reunião de campanha salarial será realizada com o Conselho de Reitores das
Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).
Na mesma assembléia, os professores decidiram incorporar a expressão “Não ao golpe” em todas as manifestações e publicações que forem realizadas na campanha salarial. De acordo com nota da Associação dos Docentes da Unicamp (ADunicamp), a decisão foi tomada depois da sugestão de diversos professores. “Vários deles defenderam que a ADunicamp deveria se posicionar claramente diante da atual crise política nacional, em todas as suas manifestações”, disse a Associação em nota.
“A proposta de inclusão do ‘Não ao golpe’ foi indicada por
um dos docentes que participaram do debate e a mesa diretora da assembléia
abriu a tribuna para que dois professores – um a favor e outro contrário à
proposta – se manifestassem. Depois, colocada em votação, a proposta foi aprovada
por ampla maioria, com apenas dois votos contrários e cinco abstenções”.
Eles também decidiram que vão realizar debates nas unidades
da universidade para discutir: o Projeto de Lei Complementar 257, as medidas de
contenção de despesas na Unicamp, a reserva financeira da universidade e a
atual campanha salarial.
“O projeto, de autoria do Governo Federal, recebeu 209
emendas parlamentares e entrou na pauta para discussão e votação na Câmara dos
Deputados, em caráter de urgência
constitucional. O Andes-SN e demais centrais sindicais avaliam que a
proposta traz uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores,
principalmente servidores públicos – federais, estaduais e municipais”, disse a
ADunicamp.
Via Jornal GGN
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