“Senhor Deus dos desgraçados, dizei-nos vós senhor Deus, se é mentira ou se é verdade tanto horror perante os céus.”
( Castro Alves )
Este é um trecho do poema Navio Negreiro, uma das mais belas e conceituadas páginas da poesia nacional, aqui, Castro Alves indigna-se contra a desumana condição a qual eram submetidos os negros no tráfico de escravos num tempo onde a escravidão era vigente no Brasil. Castro Alves ficou conhecido como o poeta dos escravos e através de suas poesias, observamos sua intenção de falar pelo povo negro e gritar contra suas dores e sofríveis condições de vida.
A história, é testemunha das diversas fases da escravidão no Brasil, das leis e dos movimentos anti-escravocratas até culminar naquele memorável 13 de maio de 1888 onde a princesa Isabel assinou a lei Áurea “pondo um fim à sujeição do povo negro”. A partir de então nos é ensinado em nossas escolas, nos grandes meios de comunicação, que a escravidão é extinta no Brasil. A classe dominante que sempre primou por seus próprios interesses e jamais pelo interesse coletivo, prega seu heroísmo na atitude de extinguir a escravidão e busca convencer este ato como uma prática humanitária.
121 anos nos separam daquele 13 de maio de 1888, 121 anos do fim da escravidão legalizada no Brasil, não há mais a senzala, o tronco, o feitor, nem o chicote, acabou-se o tráfico de seres humanos. Porém, a dignidade deste povo onde anda? se analisarmos de forma apurada, a escravidão de fato acabou-se no Brasil? Podemos dizer sem receio que NÃO, a escravidão não acabou nem no Brasil, nem neste mundo dominado pelo sistema capitalista.
Basta vermos as condições de vida do nosso povo, negros, nordestinos, índios e pobres, estes guerreiros, estas pessoas, sempre foram usadas como esteios do progresso, neste país que jamais repartiu, nas situações desfavoráveis deste povo que lhes foram negado as condições básicas de sobrevivência, nestas pessoas que são usadas como via para que o acúmulo de riquezas chegue nas mãos dos poderosos dominantes.
Hoje a escravidão é psicológica, é na forma de coação, é o medo do desamparo, os escravos de hoje não tem suas costas lanhadas pelo chicote, mas tem suas consciências fustigadas pelo medo do desemprego, hoje os escravos são castigados por seus salários irrisórios. Os navios negreiros de hoje, transportam pais e mães de família para os mesmos canaviais de outrora, onde vendem sua força de trabalho para o patrão deleitar-se no doce conforto que o capitalismo excludente proporciona para os poucos que desfrutam de suas delícias.
É na pobreza de nossa gente, é na miséria do nosso povo, é na falta de acesso às escolas e a leituras, que podemos afirmar que a escravidão não acabou, e que as observações de Castro Alves continuam atuais, pois ainda somos os mesmos desgraçados, humilhados não pela escravidão do chicote, mas pela escravidão que nos deixa à margem da dignidade, a escravidão dentro das fábricas, das indústrias, é no grande número de empregos informais e na sub-vida deste povo marcado e feliz, desta nossa gente de consciência roubada, destes homens e mulheres manipulados, adestrados e moldados para competir, para o sistema selvagem e bruto que vê no acúmulo do dinheiro o seu principal ideal.
( Castro Alves )
Este é um trecho do poema Navio Negreiro, uma das mais belas e conceituadas páginas da poesia nacional, aqui, Castro Alves indigna-se contra a desumana condição a qual eram submetidos os negros no tráfico de escravos num tempo onde a escravidão era vigente no Brasil. Castro Alves ficou conhecido como o poeta dos escravos e através de suas poesias, observamos sua intenção de falar pelo povo negro e gritar contra suas dores e sofríveis condições de vida.
A história, é testemunha das diversas fases da escravidão no Brasil, das leis e dos movimentos anti-escravocratas até culminar naquele memorável 13 de maio de 1888 onde a princesa Isabel assinou a lei Áurea “pondo um fim à sujeição do povo negro”. A partir de então nos é ensinado em nossas escolas, nos grandes meios de comunicação, que a escravidão é extinta no Brasil. A classe dominante que sempre primou por seus próprios interesses e jamais pelo interesse coletivo, prega seu heroísmo na atitude de extinguir a escravidão e busca convencer este ato como uma prática humanitária.
121 anos nos separam daquele 13 de maio de 1888, 121 anos do fim da escravidão legalizada no Brasil, não há mais a senzala, o tronco, o feitor, nem o chicote, acabou-se o tráfico de seres humanos. Porém, a dignidade deste povo onde anda? se analisarmos de forma apurada, a escravidão de fato acabou-se no Brasil? Podemos dizer sem receio que NÃO, a escravidão não acabou nem no Brasil, nem neste mundo dominado pelo sistema capitalista.
Basta vermos as condições de vida do nosso povo, negros, nordestinos, índios e pobres, estes guerreiros, estas pessoas, sempre foram usadas como esteios do progresso, neste país que jamais repartiu, nas situações desfavoráveis deste povo que lhes foram negado as condições básicas de sobrevivência, nestas pessoas que são usadas como via para que o acúmulo de riquezas chegue nas mãos dos poderosos dominantes.
Hoje a escravidão é psicológica, é na forma de coação, é o medo do desamparo, os escravos de hoje não tem suas costas lanhadas pelo chicote, mas tem suas consciências fustigadas pelo medo do desemprego, hoje os escravos são castigados por seus salários irrisórios. Os navios negreiros de hoje, transportam pais e mães de família para os mesmos canaviais de outrora, onde vendem sua força de trabalho para o patrão deleitar-se no doce conforto que o capitalismo excludente proporciona para os poucos que desfrutam de suas delícias.
É na pobreza de nossa gente, é na miséria do nosso povo, é na falta de acesso às escolas e a leituras, que podemos afirmar que a escravidão não acabou, e que as observações de Castro Alves continuam atuais, pois ainda somos os mesmos desgraçados, humilhados não pela escravidão do chicote, mas pela escravidão que nos deixa à margem da dignidade, a escravidão dentro das fábricas, das indústrias, é no grande número de empregos informais e na sub-vida deste povo marcado e feliz, desta nossa gente de consciência roubada, destes homens e mulheres manipulados, adestrados e moldados para competir, para o sistema selvagem e bruto que vê no acúmulo do dinheiro o seu principal ideal.
“Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós.”
Por: Mateus Brandão de Souza.
Realmente meu caro Mateus, infelizmente após um século da abolição dos escravos negros no Brasil, ainda nos deparamos com a mesma que não está exposta diretamente aos olhos e sim indiretamente e a cada ano que se passa o número de escravos neste país democrata aumenta, desde homens, mulheres e até mesmo nossas crianças. Parabéns pelo seu texto e continue escrevendo suas críticas e pensamentos!
ResponderExcluir