Ao menos sete presos foram mortos no sistema carcerário
maranhense este ano. Segundo a Secretaria de Justiça e Administração
Penitenciária (Sejap), além dos seis detentos assassinados entre o dia 2 de
janeiro e o último sábado (1º), entrou na contagem um sétimo óbito ocorrido no
dia 28 de janeiro.
Valdiano Fernandes da Silva, 27 anos, cumpria pena na
Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Balsas, no interior do estado, e
foi espancado por outros quatro presos. Socorrido por agentes penitenciários,
foi levado a um hospital de Imperatriz, a cerca de 400 quilômetros de São Luís.
O detento não resistiu aos ferimentos e morreu já no hospital.
Quatro das sete mortes ocorreram no Complexo Penitenciário
de Pedrinhas, maior estabelecimento prisional do estado, com 2.196 presos
cumprindo pena em um espaço projetado para abrigar até 1.770 pessoas, de acordo
com as informações fornecidas pela assessoria da Sejap, em janeiro. As três
mortes de presos sob a responsabilidade do Estado ocorreram em outras unidades
prisionais estaduais.
A última morte divulgada foi a de Pedro Elias Martins
Viegas, 31 anos, cujo corpo foi encontrado nesse sábado (1º). Ele cumpria pena
por tráfico de drogas no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas. A
Sejap antecipou que Viegas foi estrangulado dentro de uma cela, destacando,
contudo, que a Polícia Civil está investigando o caso e que é necessário
aguardar a conclusão dos peritos do Instituto de Criminalística.
Desde meados de dezembro de 2013, quando uma rebelião deixou
nove mortos e ao menos 20 feridos, policiais militares reforçam a segurança do
complexo penitenciário. A pedido do governo estadual, policiais da Força
Nacional de Segurança Pública também auxiliam na segurança dos estabelecimentos
prisionais da região metropolitana de São Luís, entre eles, Pedrinhas. A
presença do efetivo policial, no entanto, não tem sido o bastante para impedir
as mortes e motins como o registrado no último dia 6.
Fonte: Agência Brasil
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