A PM afirma que foi vítima de uma emboscada e que foi ao
local para tentar ajudar a combater um incêndio. O MST nega e diz que a polícia
foi ao local para tentar retirar o grupo, que ocupa, desde julho de 2014, as
terras da Araupel, empresa de reflorestamento.
CASCAVEL - Dois trabalhadores sem-terra morreram e ao menos
seis ficaram feridos após entrarem em confronto com a Polícia Militar na tarde
de ontem na cidade de Quedas do Iguaçu, região oeste do Paraná.
A PM afirma que foi vítima de uma emboscada e que foi ao
local para tentar ajudar a combater um incêndio. O MST nega e diz que a polícia
foi ao local para tentar retirar o grupo, que ocupa, desde julho de 2014, as
terras da Araupel, empresa de reflorestamento.
Em nota oficial, a polícia afirma que, assim que começou o
incêndio, policiais da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel) e uma brigada de
incêndio da empresa Araupel foram até o local para combater as chamas.
"Mas antes de chegar até o local da queimada, os policiais foram alvo de
uma emboscada", diz a nota.
Após a troca de tiros, o grupo fugiu, segundo a polícia, que
diz ter apreendido uma pistola e uma
espingarda.
A Polícia Civil já abriu um
inquérito para apurar os fatos e disse que enviou equipes para o local para
resgatar as vítimas - inclusive um helicóptero para remover os feridos.
"Além disso, foram destacados policiais militares e civis para a região
com o objetivo de reforçar a segurança - uma vez que há uma briga judicial
envolvendo o MST e a empresa Araupel", diz a nota.
Os sem-terra afirmam que mais de 20 pessoas ficaram feridas.
Também por meio de nota, eles dizem que foram surpreendidos por uma emboscada
de grupo de jagunços, seguranças da empresa Araupel e também da Polícia
Militar.
O MST argumenta que o local pertence ao Estado - a Justiça
Federal, de fato, declarou nulo o título de propriedade da empresa, em maio do
ano passado.
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