O Rio Madeira atingiu neste sábado (22) a marca de 18,2
metros e, com o aumento no nível do rio, o governo do estado de Rondônia estuda
decretar estado de calamidade, segundo informou o coordenador da Defesa Civil
em Porto Velho, coronel Pimentel. De acordo com ele, o número de famílias
desabrigadas em Porto Velho pode ultrapassar os 2 mil.
Rondônia (Ponte sobre o Rio Araras) - Cheia do Rio Madeira |
Um relatório do Departamento Nacional de Infraestrutura e
Transportes (Dnit) aponta que quatro rodovias federais no Estado estão com o
trânsito prejudicado. A BR-319, que passa por Porto Velho, está alagada e o
trânsito liberado apenas em meia pista. Na BR-425, que passa por Guajará-Mirim,
também há alagamento.
O Dnit está trabalhando para disponibilizar uma rota
alternativa pela BR-421, que corta as cidades Nova Mamoré, Nova Dimensão e
União. Na BR-429, na altura do quilômetro 116, entre Alvorada do Oeste e São
Miguel do Guaporé, houve rompimento do aterro da cabeceira da Ponte de Madeira
sobre o Igarapé Sossego. O tráfego está liberado apenas para veículos leves.
No Acre
Já na BR-364, que liga Porto Velho ao Acre, entre os
quilômetros 800 e 871, ainda há muita água sobre a pista. Equipes do Dnit
estudam a instalação de barreiras para conter o avanço da água. Homens da Força
Nacional de Segurança também atuam para controlar o fluxo de carros entre os dois
Estados.
Na capital Acreana, Rio Branco, a situação tende a se
estabilizar. O nível do Rio Acre diminuiu e na manhã deste sábado atingiu a
marca dos 15 metros. No Amazonas, equipes do DNIT providenciam um desvio no
quilômetro 280, da BR-230, que liga Apuí a Humaitá, por causa do rompimento de
um bueiro.
Falta, inclusive combustível
Quase isolada do restante do estado e vivendo momentos de
angústia e medo há mais de uma semana, em função do fechamento de alguns
trechos das rodovias federais 425 e 364, para tráfego de caminhões de cargas,
ônibus e carro de passeio, medida adotada em função das alagações provocadas
pelas cheias dos Rios Mamoré, Araras e Madeira, Guajará-Mirim recebeu, nesta
última quinta-feira (20), dois caminhões-tanque, que abasteceram os postos de
gasolina da Pérola do Mamoré.
A notícia da chegada de combustível se espalhou por toda
cidade, em fração de segundo, causando uma correria de motoristas e
motociclistas aos postos de gasolina, onde foram formadas longas filas, debaixo
de impiedoso sol.
Para abastecer os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré,
a partir de ramais rurais alternativos, motoristas enfrentam verdadeiras
aventuras em estradas de chão, sem as mínimas condições para trafegabilidade,
correndo risco de graves acidentes, extravios das mercadorias e a perda da própria
vida.
Com agências - Portal Vermelho
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