Em meio ao elevado número de desempregados no país (13
milhões) e a aprovação da reforma trabalhista, os brasileiros sofrem cada dia
mais com a diferença de salários na hora de procurar um emprego.
De acordo com
uma pesquisa do professor do Insper,
Sergio Firpo, enquanto um trabalhador com ensino superior recebe R$
4.911,66, um brasileiro com até um ano de estudo ganha apenas R$ 859,81.
Segundo levantamento, um trabalhador com ensino superior
completo recebe, em média, 5,7 vezes o rendimento de um brasileiro com até um
ano de estudo.
Atualmente, um trabalhador com ensino superior completo tem
um rendimento médio de R$ 4.911,66, enquanto um brasileiro com até um ano de
estudo ganha R$ 859,81. A diferença entre os rendimentos dos dois grupos, de
471%, é maior do que foi no ano passado, de 443%. Mas já foi ainda pior: em
2012, os mais escolarizados ganhavam em média quase 500% mais que os que tinham
até 1 ano de estudo.
A situação salarial não piorou apenas para quem tem menos
estudo, mas também para os brasileiros com ensino médio completo, o diferencial
neste ano em relação a quem tem o superior completo chegou a 169%. Essa é a
diferença mais elevada desde o ano de 2012.
A crise econômica, a reforma trabalhista e o aumento da
informalidade contribuem fortemente para essa disparidade. Com isso, os
brasileiros que foram para a escola por menos tempo têm sido os mais
prejudicados pela piora no mercado de trabalho.
Enquanto o mercado de trabalho vai se deteriorando, o
governo Michel Temer tem diminuído constantemente os orçamentos para as
universidades públicas do país. Ou seja, há a precarização do trabalho e a
falta de incentivo e proposta para a educação brasileira. O quadro se agrava
ainda mais quando é colocada na mesma caixa a reforma trabalhista em vigor
desde o ano passado.
Mulheres, as mais prejudicadas
De acordo com apuração do G1, na plataforma digital Bicos,
que se propõe a fazer a conexão entre os que precisam de trabalho e aqueles que
procuram, a maior parte do cadastro de quem procura pela renda extra é de
mulheres de baixa escolaridade.
Via - Portal Vermelho
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