A capacidade da Thamnodynaste Phoenix de sobreviver ao fogo
foi descoberta quando o instituto que a estudava pegou fogo
A revista alemã Salamandra publicou em agosto artigo em que
o pesquisador Francisco Luis Franco, do Laboratório Especial de Coleções
Zoológicas do Instituto Butantan, descreve uma nova espécie de serpente, a
Thamnodynaste Phoenix.
O gênero Thamnodynaste é composto atualmente por 19 espécies
de cobras vivíparas (que colocam ovos) e opistóglifas (cujos dentes
inoculadores de peçonha se encontram na parte posterior do maxilar superior).
A serpente estudada foi doada pelo Centro de Conservação e
Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) ao Instituto Butantan.
Em março de 2010, o Instituto sofreu um grave incêndio que
destruiu 90% da Coleção Herpetológica “Alphonse Richard Hoge”, atingindo grande
parte de seu material biológico.
Foram resgatados somente alguns espécimes, incluindo dois
espécimes em depósito da Thamnodynaste Phoenix. Daí o nome da espécie, uma
alusão à ave mitológica que morre em combustão e renasce das próprias cinzas.
Segundo o Cemafauna Caatinga, a nova espécie hemipeniana se
distingue de todos os seus congêneres por uma combinação única de caracteres,
incluindo 19 linhas dorsais de escamas lisas no meio do corpo, o menor número
de linhas sob a cauda no gênero e uma morfologia e padrão de coloração
distintos.
A Thamnodynaste Phoenix tem ampla ocorrência nas áreas
abertas do semiárido nordestino. O município de Petrolina, interior de
Pernambuco, especificamente o Campus de Ciências Agrárias da Universidade
Federal do Vale do São Francisco (Univasf) ficou designado como a localidade da
espécie.
Via - Blog Dag Vulpi
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