Premiês macedônio, Zozab Zaev, e grego, Alexis Tsipras após firmarem acordo |
Os ministros do Exterior de Grécia, Nikos Kotzias, e
Macedônia, Nikola Dimitrov, assinaram, neste domingo 17, um acordo histórico
para alterar o nome da ex-república iugoslava, que passará a ser chamada de
República da Macedônia do Norte. O documento abre ao país o caminho para adesão
à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Realizada à margem do lago fronteiriço de Prespes, a
cerimônia teve a participação também dos primeiros-ministros grego, Alexis
Zipras, e macedônio, Zoran Zaev, além do negociador da ONU Matthew Nimetz e da
chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
"Cumprimos hoje
o nosso dever patriótico”, afirmou Tsipras, classificando o acordo de
"passo histórico para fechar as feridas do passado, para abrir o caminho
para a cooperação dos dois países, dos Balcãs e de toda a Europa".
O tratado, que deve entrar em vigor dentro de seis meses,
coloca um fim a uma disputa de 27 anos. Com o acordo, a Grécia se compromete a
retirar seu veto à entrada da Macedônia na União Europeia e na Otan.
Atenas era contra a utilização do nome Macedônia pelo país,
temendo que isso poderia levar a nação vizinha a reivindicar o território de
mesmo nome localizado no norte da Grécia. A ex-república iugoslava, por sua
vez, tem aspirações de entrar na UE e na Otan, o que vinha sendo dificultado
pelo veto da Grécia, membro das duas organizações.
No lado macedônio, o acordo deve ainda ser ratificado pelo
Parlamento, aprovado por referendo e incluído numa emenda constitucional. O
texto será em seguida submetido à ratificação do Parlamento grego.
Entretanto, ainda há resistência ao acordo. Os conservadores
da oposição grega alegam que o socialista Tsipras não tem autoridade para
assinar tal tratado com a Macedônia. Na noite do sábado, o chefe de governo
grego conseguiu superar uma moção de confiança convocada pelos conservadores no
Parlamento.
Dezenas de nacionalistas gregos e macedônios protestaram
neste domingo em ambos os lados da fronteira no momento em que o acordo era
assinado. Na noite anterior, a polícia grega usou spray de pimenta para
controlar dezenas de manifestantes que ameaçaram invadir o Parlamento em
Atenas.
Deutsche Welle.
Via - Contexto Livre.
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