Em entrevista nesta segunda-feira (10) ao Valor Econômico o
ministro da Fazenda, Eduardo Guardia,declarou que sem a reforma da Previdência
"não tem conversa". Segundo o ministro, a articulação no Congresso
está avançada para aprovar a reforma até novembro. Dirigentes da Força Sindical
e CTB criticaram a posição do governo federal e afirmam que a reforma é
"golpe" contra o direito da população à aposentadoria.
"O que Guardia chama de ‘gesto de grandeza de Temer' eu
chamo de golpe contra o direito a aposentadoria do nosso povo. Após tantos
retrocessos, a sanha dos golpistas miram um direito elementar para a
sobrevivência dos trabalharam ao longo de toda uma vida", afirmou Adilson
Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
em matéria no portal CTB.
Em entrevista ao Portal Vermelho, João Carlos Gonçalves, o
Juruna, afirmou que uma reforma da previdência neste ano compromete a decisão
do voto. "É um erro grave e parece ser um golpe contra os trabalhadores.
Acredito que a decisão eleitoral implica em posicionamento em torno do programa
da Previdência e de propostas que os candidatos façam à Previdência, então
querer dizer que vai ter reforma ainda este ano é exagero e comprometer a
decisão do voto".
Adilson reiterou que a reforma da previdência defendida pelo
governo Temer vai resultar em colapso financeiro em mais de 4 mil municípios.
"Reformar a Previdência é sentenciar à morte milhões e enterrar ainda mais
o Brasil na crise política e econômica". Segundo o sindicalista "as
eleições 2018 tornam-se fundamentais para reverter as reformas já realizadas,
barrar mais essa agenda e proteger o maior programa de distribuição de renda na
América Latina: a Previdência Social".
Juruna enfatizou que as centrais sindicais devem debater a
reforma. "Para que no momento exato as centrais possam reagir diante da
população em torno do voto e de futuras mobilizações".
Via – Portal Vermelho
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