O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aceitou (para
a surpresa de todos, inclusive de sua Administração) um convite do líder da
República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Jong Un, para realizar uma
reunião. China elogia decisão de aderir ao diálogo em chamada telefônica, além
de discutir as relações bilaterais com os EUA.
O diretor de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Jong Ui
Yong, difundiu a informação desde a Casa Branca, onde disse que o mandatário
norte-americano concordou em se reunir com Kim em maio próximo.
Jong, que encabeçou uma delegação enviada por seu país à
RPDC há poucos dias, teve um encontro na quinta-feira (8) com o governante
norte-americano a quem informou os detalhes das conversações com o líder
norte-coreano. De acordo com Jong, Kim lhe comunicou seu compromisso com a
desnuclearização e sustentou que a RPDC se absterá de realizar novas provas
nucleares ou de mísseis.
Kim expressou seu desejo de reunir-se com o presidente
estadunidense logo que seja possível. “O presidente Trump apreciou a informação
e disse que se encontraria com Kim Jong Un em maio com a finalidade de alcançar
uma desnuclearização permanente”, disse Jong.
O enviado sul-coreano se mostrou otimista sobre a
continuação de um processo diplomático para tentar a possibilidade de uma
solução pacífica. Depois do importante e surpreendente anúncio, a Casa Branca
confirmou que o presidente Donald Trump aceitou a reunião com Kim Jong Un “em
local e momento a ser definido”. Apesar disso, a secretária de imprensa da Casa
Branca, Sarah Sanders, afirmou que as sanções e a máxima pressão continuarão
sobre a República Popular Democrática da Coreia.
A RPDC sempre reiterou o caráter defensivo de seu arsenal
frente às provocações de Washington e seus aliados. O encontro seria o primeiro
entre chefes de Estado dos dois países, que permanecem em estado formal de
guerra desde a década de 1950, e ocorreria depois de uma reunião prevista para
abril próximo entre Kim e o mandatário sul-coreano, Moon Jae-in.
O mundo entra em expectativa sobre o que prevalecerá no
comportamento estadunidense, se a fórmula “fogo e fúria”, anteriormente
proposta pelo presidente Trump, ou a lógica da diplomacia.
No telefone: Xi Jinping e Trump discutem sobre Península
Coreana e relações bilaterais
O presidente da China Xi Jinping Trump conversaram na última
sexta-feira (9) por telefone sobre a situação da Península Coreana e as
relações bilaterais.
Durante a conversa, Xi afrmou que aprecia a intenção
manifestada por Trump de resolver a questão coreana pela via política, e
desejou que os Estados Unidos e a República Popular Democrática da Coreia
(RPDC) possam dar início ao diálogo o quanto antes.
Xi acrescentou esperar que todas as partes envolvidas
demonstrem boa vontade e evitem a tomada de qualquer medida que possa afetar ou
dificultar a melhoria da situação na península, intercedendo pela manutenção do
atual momento positivo na região.
Xi disse também a Trump que a China e os EUA devem focar na
cooperação, mediação de diferenças, promoção da cooperação econômica de
benefício mútuo, e impulso das suas relações bilaterais durante este ano.
No que concerne à situação da Península Coreana, Trump disse
que a questão nuclear apresentou desenvolvimentos positivos recentemente,
acrescentando que um encontro de alto nível entre os EUA e a RPDC vai ao
encontro dos interesses de todas as partes.
Donald Trump constatou, que o presidente Xi estava correto
ao insistir na via do diálogo entre os EUA e a RPDC, acrescentando que os EUA
valorizam o papel significativo da China na resolução do problema da Península
Coreana. O presidente estadunidense anunciou a sua disponibilidade para
reforçar a comunicação e a coordenação com a China na questão.
As alterações positivas verificadas na península, estão,
segundo Xi, em concordância com as estipulações do Conselho de Segurança da
ONU.
“Acredito que, enquanto todas as partes aderirem à direção
geral do acordo pela via política e diplomática, conseguiremos, com certeza,
fazer com que a questão da Península Coreana assuma o rumo que a comunidade
internacional deseja”, disse o chefe de Estado chinês.
Donald Trump congratulou-se ainda com a China pelo sucesso
dos encontros políticos anuais chineses, conhecidos como “Duas Sessões”: a
primeira sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional e a primeira sessão do
Comité Nacional da 13º Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.
Do Portal Vermelho, com informações do Resistência.
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