Com uma rejeição recorde, o governo de Michel Temer já
estava sentindo os efeitos do desgaste de imagem nas votações do Congresso,
inclusive a reforma de Previdência foi para a gaveta por conta disso. Agora, a
cúpula do MDB ligada a Temer está preocupada com uma debandada de deputados
para outros partidos.
De acordo com matéria do jornal O Globo, no primeiro dia da
janela partidária, a comunicação de saídas de deputados do MDB deixou a cúpula
da legenda preocupada. O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo),
conhecido por compor a tropa de choque de Temer na Câmara, foi obrigado a
entrar em campo, em tom de apelo, para conter a debandada.
Declaradamente, 11 deputados peemedebista estariam
preparando a saída, sendo que três deputados utilizaram o grupo de WhatsApp
chamado ‘MDB DEBATES’ para anunciar a desfiliação: André Amaral (PB), Altineu
Côrtes (RJ) e Celso Pansera (RJ). Logo em seguida, Marun pediu “cautela” aos
que pensavam em sair, mas admitiu o “momento difícil”.
Segundo fontes, pelo grupo de Whatsapp da bancada na Câmara,
e também por telefone, o ministro trabalha contra o enfraquecimento da legenda
às vésperas da eleição.
A janela está aberta até o dia 7 de abril e os deputados que
trocarem de legenda neste momento não perderão os mandatos pela regra da
fidelidade partidária. Preocupados com a reeleição, os parlamentares colocam na
balança o rico que correm ao ter a pecha de ter que defender o governo Temer
nas ruas.
Além disso, a capacidade de cada legenda para financiar as
campanhas de quem buscará a reeleição é também outra preocupação, uma vez que a
maior parte dos recursos disponíveis neste ano vem de dois fundos públicos: o
partidário e o eleitoral.
Do Portal Vermelho, com informações de agências
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