Esquivel esteve reunido em São Paulo com Lula nesta
sexta-feira para prestar apoio ao ex-presidente, contra a campanha do judiciário
que quer impedi-lo de participar da disputa eleitoral deste ano.
São Paulo – Reunido com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva em São Paulo nesta sexta-feira (2), o Prêmio Nobel da Paz argentino,
Adolfo Pérez Esquivel, anunciou que vai indicar o nome de Lula para esse
reconhecido prêmio internacional. Esquivel veio à capital paulista prestar seu
apoio ao ex-presidente, que enfrenta uma campanha do judiciário para impedi-lo
de ser candidato à presidência nas eleições deste ano.
“A chegada do PT e de Lula à presidência do Brasil marcaram
um antes e um depois no país, ao ponto de seu nome converter-se em referência
internacional na luta contra a pobreza. Mais de 30 milhões de pessoas foram
resgatadas da pobreza extrema, o que reduziu as desigualdades e aumentou o
índice de desenvolvimento humano no país”, afirmou Esquivel, em defesa da
proposta que levará ao comitê do Prêmio Nobel, na Noruega. “Seu governo tomou
medidas cruciais para a paz dos brasileiros e foi um exemplo para o mundo”,
disse ainda.
No encontro, Lula falou sobre os graves retrocessos
democráticos que se instalaram no país desde o golpe de 2016 que destituiu a
presidente eleita Dilma Rousseff sem que houvesse crime de responsabilidade.
Lula disse que, com esse processo, muita gente está de novo caindo na pobreza.
Lula agradeceu a visita de Esquivel, e destacou que “é bom vê-lo lutar
incansavelmente pela democracia, pelos povos e pelos direitos humanos, porque
nos dá ânimo para seguir lutando”.
“No Brasil hoje não há democracia, em continuidade ao golpe
branco contra Dilma. Defender a candidatura de Lula é defender o retorno da
democracia brasileira. O povo brasileiro está perdendo sua terra, seu teto e
seu trabalho. A direita sabe que Lula tem muito apoio, porque levou adiante
políticas para a igualdade e justiça social como nunca antes neste país; por
isso, necessita proibí-lo. Não o perseguem porque consideram suas políticas
erradas, mas o perseguem porque querem reverter o que fez de bom para as maiorias
populares”, afirmou Esquivel, para quem Lula é o primeiro presidente
trabalhador da América Latina.
No encontro, ambos destacaram que além da campanha eleitoral
há a necessidade de solidariedade internacional de organizações sociais e
políticas diante da grave situação que o Brasil enfrenta atualmente com as
políticas regressivas e repressivas do governo de Michel Temer.
Via - Rede Brasil Atual
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