O resultado das votações sobre os vetos apostos pela
Presidenta Dilma Rousseff, sobretudo os dois que se referiam a aumentos
salariais – o dos aposentados e o dos servidores do Judiciário – são um sinal
de que a situação no Governo melhorou, em especial na Câmara, mas está longe de
poder ser animadora em relação à aprovação da CPMF, única alternativa fora do
burocrático no conjunto de propostas alem do processo de repatriação de
recursos no exterior, que acabou virando um monstrengo.
Só colocou, em números, a realidade política de que o
impeachment só sobrevive como pauta no acampamento bélico dos coxinhas em
frente ao Congresso.
Tanto é assim que, como registra hoje a Folha, Eduardo Cunha
teria dito a seus aliados ontem:
Segundo declarações de deputados que participaram do jantar,
todos favoráveis ao impeachment de Dilma, Cunha disse que não irá se posicionar
sobre os principais pedidos de afastamento da petista neste ano, diferentemente
do que vinha afirmando até então –ele dizia que tomaria uma decisão ainda em
novembro.
“Ele disse ter a impressão de que a possibilidade de
impeachment perdeu força, que não há nesse momento apoiamento popular, embora o
ocorrido nas contas da Dilma [o Tribunal de Contas da União rejeitou a
contabilidade de 2014] sejam fato para levar o impeachment adiante”, afirmou o
deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), aliado de Cunha e que participou do jantar.
Segundo o deputado do PMDB do Maranhão, Cunha condicionou a
possibilidade de deferir um pedido de impeachment somente se o Congresso
ratificar a decisão do TCU pela rejeição das contas de Dilma. “Se isso
acontecer, ele disse que a deflagração do impeachment volta à tona com toda a
força, mas que neste ano não há a menor possibilidade de isso acontecer”,
completou Rocha.
E o que precisa acontecer?
O que o Governo precisa urgentemente compreender é que
depende dele, agora, apontar um horizonte de recuperação econômica, o que a
simples continuidade do que faz Joaquim Levy não é capaz de mostrar aos agentes
econômicos.
Via Tijolaço
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