Que a burguesia brasileira é homofóbica, racista e machista nos já sabíamos, que vaiou os presidentes do Brasil na abertura dos Jogos Panamericanos, na Copa das Confederações e vaiaria na Copa do Mundo, também já sabíamos.
Mas agora caiu por terra o mito da educação de berço dessa turma herdeira do escravismo, do latifúndio e do coronelismo.
Durante mais de 500 anos, este povo que ocupa todas as “áreas Vips” foi considerado detentor da boa educação, dos valores civilizatórios e das tradições culturais do país.
Os que xingaram a presidenta da Republica, são os mesmos que passaram a vida inteira de costas para o Brasil, afirmando sua ascendência ariana, aspirando respirar os ares norte-americanos e europeus, de preferência, cheirando perfume francês.
São os que trataram o país como um quintal, olhando para nós como uma ralé desprezível, que deveria agradecer por tê-los como espelhos, exemplos do que nós, o povo, deveria ser.
Não, muito obrigado, não queremos que nossos filhos aprendam o seu rol de baixarias. A civilização que estamos construindo quer superar o racismo.
Viva Marcelo! Bonito, talentoso e ainda é preto!
Nesta nossa civilização as mulheres ocupam um lugar central, aqui caras-pálidas, elas podem ser Presidentas da Republica.
As famílias podem ser constituídas com toda a diversidade que a humanidade nos presenteia e qualquer maneira de amor vale a pena.
A atitude mal educada na abertura da Copa revela a agonia de uma turba ignorante, inculta e ultrapassada.
A única nata que representam é a camada de detritos, formada pelos corpos dos milhões mortos na escravidão das fazendas de seus antepassados ou nas confecções modernas de suas marcas de grife.
Embaixo de seus carpetes de pérola baroda escondem uma história de maldades e carnificina.
O ódio que sentem por nós, revela o temor de receberem de volta o mesmo cipó em seus lombos. Mas não precisam ficar tão raivosos, atualmente já não passamos mais o trator. Agora só fazemos passar o metrô.
Ademário Costa – Cientista Social / Salvador
No Viomundo - Via Burgos cãogrino
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