Na busca pelo poder, tucanos abandonam aliados por conveniência |
A cada passo na estratégia do “quanto pior melhor” dos
tucanos fica evidente que as alianças se formam em torno de um único objetivo:
o poder. Para isso, os fins justificam os meios. Até a semana passada a grande
mídia dizia que a cúpula do PSDB estava decidida a “apoiar e até encorajar, em
alguns casos, Temer a trabalhar pelo impeachment”.
Agora, com a ação do Supremo Tribunal Federal (STF), que
derrubou a manobra de outro aliado, Eduardo Cunha (PMDB) no rito do
impeachment, o senador e candidato derrotado Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou que
o vice Michel Temer não é mais um aliado.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo desta
segunda-feira (21), o presidente nacional do PSDB disse que os tucanos não
devem "nem sequer pensar em cargos" em um eventual governo
supostamente capitaneado por Temer.
Antes aliado, Aécio diz agora que o PMDB é “um parceiro
permanente e ativo da gestão que fez o Brasil retroceder 20 anos”. Aécio segue
o seu interminável inconformismo com a derrota nas urnas e afirma que espera
uma nova eleição e, segundo ele, “voto faltará ao presidente Michel”, desdenha.
Apesar das sucessivas derrotas em seus intentos golpistas,
Aécio disse: "Não se pode dizer qual será o caminho, se impeachment,
cassação da chapa eleitoral ou renúncia, mas acho que a presidente não
governará o país por muito mais tempo".
Outro aliado que Aécio tenta se distanciar agora é Eduardo
Cunha. Para ele, Cunha agora é “uma pedra no caminho do impeachment” e,
portanto, não serve como aliado.
“Acho que a situação dele chegou a um ponto insustentável.
As denúncias se avolumam, as respostas são muito pouco consistentes e o
processo do Eduardo Cunha, de alguma forma, se coloca como diria o poeta da
minha terra: 'No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do
caminho'. Tem o Eduardo Cunha no meio do caminho e essa questão terá que ser
resolvida”, disse.
Os tucanos voltam a jogar as suas fichas na ação movida por
eles no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação do mandato de
Dilma Rousseff, pois o governo da petista "já não existe". "O
que resta agora é definir qual é o instrumento para que ela saia",
bravateou.
Via - Portal Vermelho
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