A Frente Brasil Popular, que reúne entidades do movimento
social como CTB, CUT, UNE, MST, entre outras, realizará marcha em Brasília no
próximo dia 13 de novembro, em defesa da democracia, por mudanças na política
econômica, reformas estruturantes e por mais direitos. A marcha acontecerá
simultaneamente ao 41º Congresso da União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas (Ubes), entre os dias 12 a 15 de novembro.
“Essa marcha tem o objetivo de fortalecer e reafirmar a
unidade dos movimentos sociais para combater os retrocessos. A Frente Brasil
Popular tem trazido ao centro do debate assuntos de enorme relevância para o
país que podem trazer e criar consensos também em nosso Congresso”, enfatizou
Bárbara Melo, presidenta da Ubes. Segundo ela, a marcha já fazia parte da
agenda do Congresso e a Frente decidiu incorporar-se ao ato.
A líder estudantil também reforça que o foco da mobilização
é a defesa da democracia, por uma educação de qualidade e a luta por mais
direitos. “Vamos ocupar a Esplanada dos Ministérios contra a proposta de
retrocesso que tem pautado a Câmara dos Deputados e contra o chamado ‘rito do
impeachment’”, destacou ela, reafirmando a defesa do mandato legítimo da
presidenta Dilma Rousseff.
Mudanças na economia
Bárbara frisou que o enfrentamento ao conservadorismo passa
também pela retomada do desenvolvimento. Para ela, a equipe econômica do
governo precisa trilhar um caminho diferente do atual.
“A solução da crise é a retomada do desenvolvimento. O corte
de verbas da educação foi muito grave. É preciso que o governo dê uma guinada e
mude essa política econômica para que possa dar outras receitas ao combate à
crise, pois não se pode combater a crise gerando desemprego e corte de
programas sociais, muito pelo contrário”, defendeu.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil (CTB), Adílson Araújo, também defende uma mudança na política econômica.
Ele salienta o papel do parlamento.
Para Adílson, a sociedade foi às urnas para eleger um
parlamento que direcionasse o seu olhar para as demandas cruciais que o país
carece, como mais investimentos públicos, desatar os gargalos estruturais e a
realização de grandes obras de infraestrutura.
“É evidente que a ameaça golpista continua acesa e a direita
tem feito todo o esforço de conduzir o país a uma instabilidade interminável.
Por isso, os movimentos sociais, ao ganhar as ruas, constroem caminhos para uma
efetiva resposta que garanta a estabilidade do país, a retomada da centralidade
do debate do desenvolvimento nacional”, frisa o sindicalista.
Para ele, o país vem sendo pautado por essa ofensiva
conservadora, que quer a austeridade monetária. “Sabemos que isso é exatamente
retomar a agenda neoliberal derrotada nos últimos 12 anos”, conclui.
Via - Portal Vermelho
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