"O fascismo é o capitalismo em decomposição".
(Vladimir Lenin)
BENITO MUSSOLINI FEZ ESCOLA NO BRASIL. |
Por Davis Sena Filho
São inúmeros e diferenciados os atores que, a partir de
junho de 2013, quando aconteceram as manifestações, e, principalmente, após a
derrota eleitoral do tucano Aécio Neves para a petista Dilma Rousseff, que os
fascistas apostam em golpe contra a mandatária eleita legalmente e
constitucionalmente, sem se preocupar com as consequências desconhecidas que
podem, por exemplo, infernizar o País, pois muitos eleitores de Dilma, além da
sociedade civil organizada, evidentemente, não vão ficar de braços cruzados.
Além disso, as Forças Armadas deste País não irão se
aventurar em um novo 1964 e, com efeito, não estão propensas a entrar em uma
crise sem precedentes e muito menos agir em prol dos interesses
antidemocráticos e inconfessáveis dos fascistas, que depois de saírem da caixa
de Pandora, demonstram arrogância e prepotência com quem pensa diferente de
suas opiniões políticas e ideológicas, bem como vociferam seus desprezos pelas
vidas de pessoas humanistas e que tem pensamentos e valores de esquerda.
A direita brasileira, e, principalmente a extrema direita,
repetem suas histórias e, em tom altissonante, cantam o hino brasileiro,
perfilam-se como se militares fossem, vestem a camisa da Seleção Brasileira,
consideram-se nacionalistas, mas, contraditoriamente, são privatistas,
entreguistas, portadores de um imenso complexo de vira-lata, sendo que muitos
desses filhotes de Mussolini ou de Pinochet deblateram palavras de ordem de
conotação militarista e de extrema agressividade contra as autoridades
constituídas por intermédio do voto do povo brasileiro.
No decorrer de um ano, fascistas e fascitoides estão
histéricos ou neurastênicos e há muito tempo desejam efetivar ações que acabem
em derramamento de sangue. Vai ser o ápice... Ferozes e ditatoriais, afirmam
barbaridades nas ruas, na internet e apostam no quanto pior melhor. Trata-se de
grupos sociais com imenso ódio e desprezo pelo Brasil e, principalmente,
consideram-se prejudicados socialmente com a ascensão salarial e material dos
mais pobres.
"Odeiam" a corrupção, mas a corrupção que essa
gente radical à direita detesta é de ordem seletiva, porque jamais, e em
hipótese alguma, questionam, através da internet ou em seus arroubos
histriônicos pelas ruas, os roubos e malfeitos perpetrados pelo grande
empresariado e pelos políticos de oposição, a liderá-la o PSDB, o partido que
se autodefinia como social democrata e que há muitos anos parou de flertar com
a direita raivosa e passou a ser ele mesmo a própria direita, mais organizada,
rica, a controlar estados poderosos da Federação e a ter representatividade no
Congresso, onde parlamentares como Carlos Sampaio, Aécio Neves, Aloysio Nunes
Ferreira, Cássio Cunha Lima e Álvaro Dias, dentre outros, fazem política com a
bílis, guardam o rancor no freezer, criam factoides com a imprensa de mercado,
alimentam o ódio nas ruas e apostam em golpe institucional contra a presidenta
que, legitimamente, venceu as eleições nas urnas.
Os fascistas são perigosos e violentos e estão à solta nos
restaurantes, nos saguões dos aeroportos, nos hospitais, nos shoppings, nos
estádios, cinemas e teatros, bem como nos clubes, nos condomínios residenciais,
além de se fazerem presentes nos trabalhos, nas escolas e universidades. Eles
são portadores de carácteres intolerantes, que os levam a realizar ações e atos
violentos, a verbalizar, conscientemente, seus preconceitos de classe e
raciais, ideológicos e políticos — até mesmo religiosos. São os fascistas que
perderam a vergonha, saíram dos casulos onde se encontravam adormecidos e hoje
tem a companhia do diabo para infernizar a República.
Entretanto, as principais responsáveis por fomentar,
alimentar, incitar, repercutir e irradiar a intolerância, a insensatez, o
preconceito, a mentira e a violência para que os fascistas e os fascistoides se
sintam à vontade para cometerem todo tipo de provocação são as mídias privadas
dos magnatas bilionários de imprensa, a acompanhá-los seus sequazes, os
empregados dessa gente irresponsável e elitista, que quer preservar, a fogo e a
ferro, o status quo conquistado na razão de cinco séculos.
Não se pode mais sair com uma camisa vermelha, nem dar
opinião em um bar ou restaurante, tornou-se proibido se dizer eleitor do PT e,
quando uma pessoa de esquerda tenta falar ou se defender, é logo agredida
verbalmente ou através de gestos obscenos, e, se não apaziguar o ambiente para
se retirar, o cidadão que não pensa como um fascista pode ser alvo de violência
física.
Ocorreram inúmeros episódios que corroboram para ratificar o
que eu digo. Contudo, já os citei aos montes em outros artigos escritos por
mim. Por sua vez, e com efeito, cito o último episódio, no qual as pessoas que
estavam presentes ao velório do petista histórico, José Eduardo Dutra,
ex-senador e presidente da Petrobras, foram objetos de ataques em forma de
panfletos apócrifos, mas, sabidamente, distribuídos por neofascistas, que de
tão à vontade que se sentem para cometer crimes e barbaridades inomináveis,
passam a não respeitar nem a morte de um homem que serviu ao Brasil e sempre
lutou pelo desenvolvimento desta Nação.
Panfletos de baixo nível humano e de caráter hediondo, no
que tange a que ponto pode chegar a miséria humana e o desrespeito à própria
vida. Fascistas da pior espécie, que se sentem e se consideram livres para
cometer atos atrozes e de uma vulgaridade que não se encontra em uma casa de
meretrício ou em um covil de bandidos. Dizeres como "Petista bom é petista
morto", além de panfletos com a presidenta Dilma Rousseff sentada em um
vaso sanitário, com palavras que não valem a pena pronunciar.
Tudo isso em pleno velório, onde estavam presentes
autoridades brasileiras, os amigos, os parentes e os correligionários de José
Eduardo Dutra. Evidentemente que essas ações de cunho fascista e desumano foram
premeditadas, propositalmente organizadas, a fim de se criar uma atmosfera de
violência moral e de provocação política contra o PT, a presidenta Dilma e o
ex-presidente Lula.
Fascistas que realmente desprezam a sociedade brasileira,
que está a viver sob o jugo de agressões sucessivas, que se contrapõem ao
Estado de Direito, à Constituição, à democracia, aos eleitos escolhidos pela
maioria do povo e, principalmente, contra a sociedade brasileira. A Nação tem
de exigir ações duras da Justiça, do Governo, do Ministério Público e das
polícias, porque hão de combater os radicais de direita, os apostadores do
caos, que odeiam a igualdade de oportunidades, a democracia e a ascensão social
dos pobres — a começar pela mídia corporativa. O fascismo se olha no espelho e
vê a face da imprensa familiar. As ruas não pertencem aos fascistas. É isso aí.
Via - Palavra Livre
Nenhum comentário:
Postar um comentário