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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Conheça a pedra do Ingá.

Se um dia você tiver a graça de visitar a Paraíba, faça por aquele estado, entre as tantas opções, um turismo diferente, curioso e intrigante, vá visitar a singularidade existente no pequeno município de Ingá, distante 85 km da capital João Pessoa. Nesta localidade se encontram as obras rupestres da pedra do Ingá, um paredão rochoso às margens deste honrado rio que dá nome ao município.

Trata-se no entanto de inscrições desenhos e formas, tudo em auto relevo, gravadas em um muro de gnaisse lavrado de 18 metros de comprimento por 2,8 metros de altura, e que a séculos vem despertando o estudo de curiosos, astrônomos, arqueólogos, ufólogos e leigos de toda a natureza.

Estima-se que as obras esculpidas na pedra do Ingá ultrapassem os cinco mil anos, sua autoria, no entanto, é desconhecida e abre campo para as mais variadas especulações. Acredita-se que os trabalhos feitos nesta pedra, seja obra dos fenícios numa suposta visita desses exímios navegadores a terras paraibanas, num tempo muito antes de Cabral.

Outros pesquisadores afirmam que sejam os egípcios os autores, uma vez que as figuras se assemelham e coincidem com outras existentes e datadas do Egito antigo. Alguns até atribuem a autoria aos povos cariris, nativos que habitavam a região antes da chegada dos navegantes europeus, já, há quem arrisque dizer que as obras rupestres da pedra do ingá, seja trabalho de povos extra-terrestres, que mantiveram contato com os homens pré históricos do nosso planeta. Outros inda mais, dizem que as figuras da pedra do Ingá, representam as constelações zodiacais, evidenciando o aprimorado conhecimento dos antigos nativos com a astronomia.

Um dos pontos curiosos do trabalho existente na pedra do Ingá, é a técnica usada em sua
confecção, todo em auto e baixo relevo, oriundas de um tempo em que o homem deste planeta desconhecia o metal.
Que ferramentas foram usadas para desenharem as figuras na pedra do Ingá?
O que pode ter motivado seus autores a tão minucioso trabalho?
Estas são duas das tantas perguntas que permeiam as mentes curiosas dos que se deparam e conhecem a pedra do Ingá, um fenômeno que por muito ou pra sempre vai estar entre os grandes enigmas da humanidade.

Portanto prezado amigo(a), se um dia você estiver na Paraíba, visite a pedra do Ingá, um fenômeno que merece atenção e instiga a curiosidade de todos, um verdadeiro patrimônio histórico. A obscuridade do seu significado é a motivação maior para o turismo e um orgulho não só de ingaenses e paraibanos, mas, de todos nós brasileiros.

Por: Mateus Brandão de Souza. Graduado em história pela FAFIPA.


domingo, 29 de agosto de 2010

O Profeta Gentileza



É típico nas cidades haver uma pessoa de destaque, são figuras urbanas, geralmente são andarilhos, doidos mansos ou agressivos que por sua personalidade forte e sua constante presença em locais públicos, fazem parte do cotidiano das pessoas e acabam se tornando patrimônios da cidade onde moram.

A cidade do Rio de Janeiro jamais terá outro personagem que se iguale a José Datrino, conhecido popularmente como “O Profeta Gentileza”. Figura de destaque na cidade do Rio de Janeiro, o profeta gentileza adotou uma filosofia de vida onde a fraternidade o amor e a salvação dos homens seria  alcançada através da gentileza, “gentileza gera gentileza”.
Desta forma José Datrino criticava e denunciava o mundo regido pelo capeta capital que vende e destrói tudo, o andarilho anunciava a gentileza como o remédio de todos os males.

Vestia-se de branco, cajado em uma das mãos, barbas longas, gentileza era o típico profeta descrito em livros, pensador e crítico do sistema e do modo de vida ganancioso dos homens e da opressão, gentileza pregava sua filosofia pelas ruas do Rio até Niterói, Andava pelos transportes públicos e escreveu nas pilastras do viaduto que vai do cemitério do Caju até a rodoviária do Novo Rio, mensagens de otimismo ou denunciando as mazelas do mundo.

Enquanto viveu, o profeta gentileza adquiriu admiradores de todos os níveis sociais, artistas, políticos intelectuais e anônimos guardavam de qualquer forma algum carinho ou atenção pelo atípico cidadão que adotou um sistema de vida singular naquela cidade. Gentileza morreu em 1996 por morte natural, vândalos picharam seus escritos nos murais e pilastras do viaduto onde gentileza deu o seu recado, mais tarde os murais foram pintados de cinza o que apagou os escritos deixados pelo profeta.

O fato revoltou a sociedade, porém em 1999 a prefeitura do Rio de Janeiro encabeçou o movimento “Rio com gentileza” objetivando recuperar os escritos deixados pelo profeta, no ano 2000 os escritos nos murais foi recuperados e suas mensagens sempre em verde e amarelo foram mantidas e são zeladas como patrimônio histórico da cidade.

Na música, o profeta foi homenageado por Gonzaguinha e Marisa Monte, ambas as obras tem o título gentileza. O Professor Leonardo Guelman publicou no ano 2000 o livro “Tempo de Gentileza” pela editora da Universidade Federal Fluminense onde conta a história do profeta e filosofo das ruas do Rio.

José Datrino por sua vez alertava as pessoas a se desviarem dos seus descaminhos e adotassem a solidariedade através da gentileza entre as pessoas.
Com certeza todos nós precisamos aprender o que tanto nos ensinou o profeta Gentileza.
Salve José Datrino. Viva Gentileza.

Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFPIA.

                                                                         



A lei do amor

 Muitas vezes acreditamos que amor seja apenas o afeto que existe entre um homem e uma mulher, mas, muitas vezes não temos a percepção de reconhecer sua presença em outras relações humanas. Segundo o dicionário Aurélio, amar significa querer bem a algo ou a alguém, isto é, se amamos, as dificuldades que o outro enfrenta gera a inquietação e o desejo em ajudar, afinal segundo a sabedoria popular, “quem ama, cuida”.
A mais de dois mil anos atrás, Jesus Cristo ofereceu a humanidade o seguinte mandamento, “amai-vos uns aos outros”, atitude que seria capaz de transformar drasticamente a vida dos homens. A proposta de Cristo era de que todas as nossas ações fossem guiadas por este amor acompanhado da caridade. Os séculos se passaram, o cristianismo se espalhou pelos quatro cantos do mundo, mas o grande mandamento deixado por seu fundador não se disseminou igualmente.
O “Messias” propôs esta mudança de conduta por parte dos homens observando as injustiças que acontecia em seu país subjugado ao poderio da maior potência mundial da época, o Império Romano, um estado construído a partir da exploração do homem pelo homem, e do sangue derramado por muitos.
Pelo fato da lei do amor não ter se popularizado, a humanidade enfrenta os mesmos problemas, alguns modificados, outros aprimorados, como no caso da escravidão, onde os homens trabalhavam e recebiam de seus proprietários o necessário para se manter de pé (comida, cuidados com a saúde etc.)
Hoje há muitos que trabalham de sol a sol e recebem um salário “símbolo de liberdade”, mas que apenas lhes dão o direito de comer o bom e velho “arroz com feijão” e nada mais. Na política pouca coisa mudou o Estado continua a ser administrado por indivíduos e grupos que suas ações apenas visam satisfazer suas luxúrias e seus caprichos, onde ações voltadas para o bem-comum são raridades.
O erro gera o erro, um Estado aleijado pela corrupção não é capaz de proporcionar ao seu povo serviços de qualidade, como saúde, educação e segurança. A partir dessas deficiências nasce o caos que tanto sacrifica o as classes populares, onde se vê pessoas morrendo nas filas de hospitais públicos, homens e mulheres reféns das ações do crime organizado graças à impunidade, muitos não tem até mesmo um teto para se proteger da chuva e do sol, crianças e jovens recebendo uma educação de péssima qualidade, os tornando quase que incapazes de freqüentar uma universidade.
Em uma sociedade embriagada pelo erro, atos de caridade e misericórdia muitas vezes são premiados, como a iniciativa de Madre Teresa de Calcutá na Índia, seu trabalho era elogiado pelo mundo todo. Teresa afirmou que o que ela fazia não deveria ser exaltado, afinal a solidariedade deveria fazer parte do cotidiano de todas as pessoas, pois, como a própria madre disse: “O que faço é simples, ponho pão nas mesas e compartilho”.

Por: Lincoln Brito Santos - Professor de História , graduado pela FAFIPA


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Casa de caboclo.

A minha casa que é casa de caboclo
Não tem conforto como outras casas tem
O que eu tenho realmente é muito pouco
Mas felizmente dá pra mim e mais alguém.


Graças à Deus é uma casa abençoada
Na minha mesa sempre tem o que comer
E por ventura se alguém pedir pousada
Esteja certo que eu hospedo com prazer.


Eu não invejo quem tem casa mais bonita
Nem menosprezo um ranchinho beira-chão
O que importa é acharem casa rica
Ou num casebre um bondoso coração.


E quem procura uma casa de caboclo
Não é preciso ficar rouco de chamar
É o bastante dar sinal que está chegando
Já vem alguém e vai mandando a gente entrar.


Quem não conhece uma casa de caboclo
Não faça pouco vá lá em casa passear
Um cafézinho com bolinhos não demora
Conforme a hora também fica pra jantar.


Casinha simples encostada ao pé da serra
Se é amigo não repara onde eu moro
Vá ver de perto o meu céu aqui na terra
E conhecer as criancinhas que eu adoro.
(Nonô Basilio)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

As eleições presidenciais de 1989

Estamos em ano de eleição, neste pleito, vamos eleger presidente, senadores, deputados federais e estaduais. No entanto, quando as eleições são para presidente da republica, é impossível para quem viveu, não se lembrar da mais notória de todas elas, aquela ocorrida em 1989. Depois de um longo tenebroso inverno (29 anos), o povo brasileiro elegeria um presidente da republica. O último teria sido Jânio Quadros em outubro e 1960.

Obviamente que em 1989, estávamos longe do advento da urna eletrônica, votávamos em cédulas de papel e as daquele ano, pasmem, traziam 22 nomes de candidatos que pretendiam ocupar a cadeira de José Sarney, a faixa de presidente da republica teria caído no colo do político maranhense quatro anos antes, após a morte de seu titular, o mineiro Tancredo Neves, que fora eleito indiretamente pelo congresso nacional. Tancredo por sua vez, adoeceria e morreria sem conseguir ser empossado.

Assim, em meio à euforia que uma campanha proporciona, em 1989, o horário eleitoral gratuito na televisão fez daquelas eleições uma atração à parte. Em frente à tv, presenciávamos as tradicionais trocas de farpas entre os candidatos e nos atentávamos para nomes no mínimo estranhos, tais como, Marronzinho, Zamir, e Antonio Pedreira.

Raposas velhas como Aureliano Chaves, Brizola, Maluf e Mario Covas também eram candidatos.
Aparecia também, um certo Enéas Carneiro, este tinha apenas 15 segundos para falar onde esbravejava durante 15 segundos, tempo suficiente para tornar-se famoso com o seu inesquecível “meu nome é Enéas”. A fama de Enéas faria dele 12 anos mais tarde, o deputado federal mais votado na história do país, eleito por São Paulo em 2002 com um milhão e meio de votos.

Além de Enéas havia em 1989, Celso Brant, Armando Correa, Manoel Horta, Paulo Gontijo e também uma mulher, a desconhecida Lívia Maria. Ulisses Guimarães, Afif Domingos e Ronaldo Caiado também disputaram o cargo para presidente, Afonso Camargo, político paranaense e petebista, tentou emplacar sua campanha usando como garoto propaganda o humorista Tião Macalé.

Fernando Gabeira também buscou a ascensão ao planalto defendendo a bandeira do partido verde. Pouco depois, em meio a toda esta balburdia, apareceu Silvio Santos, fez até propaganda com a musiqueta “Silvio Santos vem aí”, porém, por problemas de registro ou sabe-se lá o que, teve sua candidatura impugnada, desgostoso, o homem do baú abandonou a corrida no meio do caminho.

Com todas essas peculiaridades, as eleições de 1989 tornaram se memoráveis, Lula ganhava popularidade com seu hino Lula lá e Collor de Mello jurava construir um Brasil novo numa caça implacável aos marajás.
                                                                
No mais, as eleições foram disputadas em dois turnos, no segundo round todos os outros candidatos saíram de sena, restaram Collor e Lula que se digladiavam na disputa por votos.
Por fim, com o apoio da grande mídia (Rede Globo) e os poderosos que temiam a ascensão de Lula, Fernando Afonso Collor de Mello tornou-se o vencedor da disputa na primeira eleição direta pós-ditadura militar.

Collor somou 35.089.998 votos contra 31.076.364 de Lula, uma diferença de 4.013.634 votos do primeiro para o segundo colocado. “O caçador de marajás tornou-se dia 17 de dezembro de 1989, o presidente mais jovem da história do país (40 anos)”.

Fechou-se com isso as cortinas dos anos oitenta, a expectativa era de que Collor entrasse para a história como um governo bom, e entrou, porém, de forma negativa. Denuncias de corrupção, escândalos, desacertos, perseguições obrigaram Collor renunciar seu mandato, mas, isso é uma outra história mesclada de prós e contras.

Assim floresceu a semente plantada nas diretas já de 1984. O sonho incontido da população em eleger seu chefe de estado. Estavam os brasileiros, crentes de que dali por diante, uma página de dignidade seria escrita em nossa história, onde as esperanças de uma vida melhor se concretizariam.


21 anos depois, estamos ainda em busca do mesmo sonho...

“Brasileiros de todo canto do país, uni-vos”.

Mateus Brandão de Souza, graduado em História pela FAFIPA.
                                  


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O Tempo - (Mario Quintana)


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! 
Quando de vê, já é sexta-feira! 
Quando se vê, já é natal... 
Quando se vê, já terminou o ano... 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. 
Quando se vê passaram 50 anos! 
Agora é tarde demais para ser reprovado... 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... 
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... 
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. 
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


Mário Quintana:

Mário de Miranda Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Nasceu em Alegrete na noite de 30 de julho de 1906 e faleceu em Porto Alegre, em 5 de maio de 1994.


Mateus Brandão de Souza.

O Bicho... (Manuel Bandeira)


 O poema abaixo retrata o cotidiano degradante do homem que atingiu o ápice da miséria. Quem nunca se deparou com uma cena como a descrita no texto de Manuel Bandeira? Lamentavelmente, esses fatos acontecem tão rotineiramente que muitos já nem se importam...
O Bicho
“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem”.
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu em 19 de abril de 1886 em Recife. Em 1903 foi para a cidade de São Paulo a fim de cursar Engenharia na Escola Politécnica. No entanto, em decorrência do acometimento de tuberculose, não pôde concluir o curso. A partir de então, passa por verdadeira peregrinação por diversas cidades e casas de saúde, tendo, inclusive, se mudado por um ano para a Suíça com o intuito de livrar-se da doença. Ao voltar para o Brasil tornou-se inspetor de ensino e depois professor de literatura.
Em 1917 publicou seu primeiro livro – A Cinza das Horas – com características parnasianas e simbolistas. Posteriormente à publicação de seu primeiro livro, o poeta foi se enquadrando no estilo modernista, culminando com a publicação em 1930 da obra Libertinagem, considerada uma das mais importantes da literatura moderna brasileira.
Na obra de Bandeira predominam a liberdade de conteúdo e de forma, o retrato do cotidiano, a sua própria história de vida,  o humor,  a indignação com a realidade do homem e a idealização de um mundo mais justo. O autor conseguiu reunir em sua poesia subjetividade e objetividade e o resultado foi perfeito.
(FONTE: Literatura em conta gotas)
Por Mateus Brandão de Souza, Graduado em história pela FAFIPA.


domingo, 22 de agosto de 2010

A maior árvore do mundo.

General Sherman, assim conhecida a maior do mundo, está localizada nos EUA,Sequoia National Park, Serra Nevada, Califórnia, exuberante obra da mãe natureza, aproximadamente 84 metros de altura , mais de 2000 anos de existência. Acredito que é impossível até de se imaginar suas profundas raízes, da seiva  e dos nutrientes necessários para que crescesse de maneira tal.

Deslubrante, sem dúvida uma beleza rara. Gostaria que esse texto não tivesse analogia com o que será tratado nesse post; infelizmente, impossível.

É invisível, ou até mesmo visível para muito poucos, a verdadeira maior árvore do mundo, o Capitalismo. De tamanha altura que apenas os que estão em seu topo podem se deliciar com os frutos mais saborosos. Sua seiva é feita de seres humanos, raízes que sugam o trabalho de homens e mulheres, impondo a imagem de que são humanitários quando tão somente visam a produção máxima, a otimização dos processos lucrativos, dando em troca a "evolução" da raça humana, tecnologia, ciência e tudo que julgam ser necessário para manter-nos vivos, não pensando em visar a qualidade de vida ou de trabalho, mas para sermos resistentes, fortes, com saúde, afinal formamos a manivela que move o sistema explorador.
 
Descarta tudo que é desnecessário, observe, se ainda houvesse trabalho escravo hoje, imagine o quanto se gastaria para manter um homem trabalhando, alimentação, remédio, moradia, vestimenta; dando tudo que se fizer pertinente a sua sobreviência, um custo consideravelmente absurdo de um só "trabalhador", a solução foi, liberte-os dê a eles um salário mínimo, haverão de comprar o que precisarem da forma que acharem melhor. A máquina Capitalista está a todo vapor, tragando a quem possa tragar, marginalizando, deixando o contraste da divisão de classe, tratando o pobre com preconceito e migalhas dos frutos do topo da árvore.

Texto de Marcelo Saraiva Leite, estudante do curso de contábeis pela FAFIPA.

Retirado do blog Rabisco literal. http://rabiscoliteral.blogspot.com/

sábado, 21 de agosto de 2010

Aprendizes do Tempo

Cora Coralina, a maior escritora de Goiás, no auto dos seus oitenta e poucos anos nos dizia que o tempo é o grande mestre da escola da vida. Salomão, o sábio rei, dedicou ao tempo o terceiro capítulo de seu livro Eclesiastes, “há para todas as coisas um tempo determinado.”

É através do tempo que acumulamos todas as nossas experiências, é no decorrer dos dias que aprimoramos nossos conhecimentos e é com o tempo que aprendemos coisas novas. O tempo é quem mostra nossos erros, nossas más decisões, ele tem o prazo determinado para nossos arrependimentos e frustrações. O tempo é quem diz se fizemos ou não a boa escolha.

“O tempo é o pai da razão”, assim dizem muitos dos seus sábios alunos. Em certas ocasiões, o tempo nos revela que o ruim não é tão ruim, e o que parecia ouro reluzente não passava de bijuteria que com os dias se desgasta, perdendo todo seu brilho e encanto, mostrando sua verdadeira consistência.

O tempo é nosso adestrador, ele nos pune, nos adverte e deixa às claras nossos erros ou acertos. Há o prazo determinado para prestarmos contas dos nossos atos, o tempo trás o momento certo para a colheita dos frutos das sementes que plantamos.

Bons ou maus ventos dependem de nossas decisões, mas, é o mestre tempo, quem vai mostrar as sortes ou os revezes do que decidimos, cabe a nós a prudência na avaliação. O tempo deixa claro que razão e emoção devem ser observadas e somente os cautelosos se deixam levar pela primeira.

Que possamos tirar bom proveito das lições do tempo, vamos observá-las e seguir o caminho mais curto para nossos objetivos. O tempo nos lapida, nos molda e busca através de suas dicas, fazer com que erremos o mínimo possível.

Devemos ter a prudência de enxergar tudo que o tempo nos evidencia. Com os sentidos da razão, podemos observar tudo que ele tem nos esclarecido, se formos bons alunos, com certeza quebraremos menos nossas caras. Mas que fique claro, bons ou maus tempos dependem muitas vezes de nós mesmos. O tempo revela tudo, vigiai irmãos, vigiai...

Por: Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Grande Esperança.


A classe roceira e a classe operária ansiosas esperam a reforma agrária
Sabendo que ela dará solução para situação que está precária
Saindo projeto no chão brasileiro que cada roceiro plante sua área
E nesta miséria ninguém viveria pois a produção já aumentaria
Quinhentos por cento até na pecuária.


Esta grande crise que a tempo surgiu maltrata o caboclo ferindo seu brio
Dentro de um país rico e altaneiro morrem brasileiros de fome ou de frio
Em nossas cidades ricas em imóveis milhões de automóveis já se produziu
Enquanto o coitado do pobre operário vive apertado ganhando salário
Que sobe depois que tudo subiu.


Nosso lavrador que vive do chão só tem a metade de sua produção
Por que a semente que ele semeia tem que ser a meia com o seu patrão
O nosso roceiro vive num dilema pois o problema não tem solução
Porque o ricaço que vive folgado acha que o projeto se for assinado
Estará ferindo a Constituição.


A grande esperança o povo conduz pedir a Jesus pela oração
Pra guiar o pobre por onde ele trilha e para as famílias não faltar o pão
Que Ele não deixe o capitalismo levar ao abismo a nossa nação
A desigualdade que existe é tamanha enquanto o ricaço não sabe o que ganha
O pobre do pobre vive de tostão.

(Goiá - Francisco Lázaro - Cantada por Zilo e Zalo)

O texto acima é a letra da música que tem por título “A grande esperança”, é antiga, porém trata de um assunto recente em nossa história, a questão da reforma agrária, a exclusão social que o sistema capitalista proporciona e a concentração de riqueza nas mãos de uma minoria. A composição é de Goiá e Francisco Lázaro, a música foi gravada e interpretada pela dupla Zilo e Zalo, ambos compositores e cantores, são clássicos no gênero da música caipira, gênero este que enriquece a diversificada manifestação cultural do nosso país. Com uma crítica ácida ao sistema capitalista, a dupla e os compositores na época, enfrentaram problemas com a censura imposta pela ditadura militar, a música foi então vetada, proibida de ser tocada e comercializada em 1965, pelo então presidente Castelo Branco, uma época em que os militares travaram guerra contra os comunistas, por criticar o capitalismo e ser favorável a reforma agrária a música foi considerada subversiva. Foi, no entanto, apenas mais uma das tantas formas de indignação, caladas pela mão opressora da classe dominante e ditatorial que manchou nossa história política nos cobrindo de revolta, luto e vergonha.

Por: Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.

O cangaço.


“Nordeste terra das secas
Dos valentes cangaceiros
Dos velhos homens honestos
Dos corajosos vaqueiros
Das mulheres carinhosas
Das sertanejas formosas
Dos famosos violeiros”...
(Manoel D’Almeida Filho – Vida, vingança e morte de Corisco - literatura de cordel - Luzeiro editora ltda)

O nordeste do Brasil, marcado por sua beleza litorânea, pela desigualdade social e também pelas longas estiagens em virtude de sua posição geográfica, foi também cenário do movimento formado por homens temidos, destemidos, periculosos e lendários, época de coronelismo forte, era assim o cangaço.

O tempo do cangaço se estendeu dos meados do século XIX até 1940, com a morte de Corisco, nome pelo qual ficou conhecido Cristino Gomes, membro do primeiro escalão de Virgulino, o Lampião.

O primeiro cangaceiro a se tornar notável foi Lucas da Feira, baiano de Feira de Santana, Lucas era negro e filho de escravos, sua atuação foi ainda nos tempos de D. Pedro II, Lucas da Feira foi no entanto o pioneiro do cangaço.

Jesuíno Brilhante, muito mais famoso que Lucas da Feira, Jesuino foi um cangaceiro querido pelos menos abastados, conhecido como cangaceiro romântico, seguiu uma linhagem Rob Hodiana, Jesuíno, saqueava cargas, roubava os ricos e distribuía aos pobres. Valente, sagaz e habilidoso, Jesuíno Brilhante tornou o cangaço conhecido além das divisões territoriais nordestinas.

Cabeleira, cangaceiro cruel, ele era a lei no sertão pernambucano, assombrou também os estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, Cabeleira se tornou lenda, seu nome esteve em canções populares. As mães do seu tempo, sabendo dos atos desumanos do cangaceiro, ameaçavam seus filhos usando o nome de Cabeleira para conquistar-lhes a obediência, Cabeleira era mencionado como uma espécie de bicho-papão que as crianças temiam.

Antonio Silvino, o rifle de ouro, Cangaceiro infame, está entre os primeiros do cangaço, era conhecido como governador do sertão, Antonio Silvino antecedeu Lampião, tornou-se famoso por sua valentia e por ser o único cangaceiro a cumprir pena judicial e morrer de morte natural, Antonio Silvino foi o cangaceiro de maior longevidade morreu em 1944 com setenta anos.

Virgulino Ferreia da Silva, o Lampião, foi o mais destacado entre todos os cangaceiros, se Antonio Silvino foi o governador do sertão, Lampião foi o rei do cangaço, o pernambucano Virgulino entrou para este movimento, junto com seus irmãos Antonio, João, Ezequiel e Livino, este último grande aliado e companheiro de lampião, os irmãos Ferreira da Silva entraram para o cangaço para vingar a morte de seus pais. 1929 foi o ano que aparece a feminilidade de Maria Bonita no cangaço, tornando-se esposa de Lampião. Deste grupo destacam-se cangaceiros de destreza admirável, homens de notáveis apelidos como, meia-noite, sabonete, jararaca, correnteza e corisco.
Antes de Lampião, existiram ainda João calangro e Inocêncio vermelho, mas, três nomes fizeram o cangaço notório em tempos diferentes. Jesuíno Brilhante, Antonio Silvino e Lampião, estes foram os maiores cangaceiros que existiram, seguindo estes despontaram vários outros com muitas façanhas, mesclando em torno de seus nomes verdades e lendas que enriquecem os relatos sobre o cangaço. 
Corisco, fechou a época, o diabo loiro foi o último dos cangaceiros atuantes e morreu em 1940 num confronto com a polícia do estado da Bahia.

Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Famintos e sedentos.

Erram os que pensam que nos contentamos com o pouco. Enganan-se os que imaginam que a dignidade de um injustiçado seja alcançada com a assistência parca de pão e de água a qual nos submetem o excludente sistema que beneficia a poucos. Nossa fome e sede não se resumem em comida e bebida, não é por um salário que valha arroz e feijão que clama nossa gente injustiçada.

Passaram e passarão gerações de oprimidos, milênios já passaram, e os extremos sociais? Continuarão existindo? O opressor e o oprimido continuarão respectivamente compondo a sociedade humana?
Serão sempre rebeldes, subversivos e agitadores aqueles que recusam a conivência com a injustiça financiada pelo sistema explorador?

Nossa fome e sede estão muito além da fome e da sede natural, nossa fome e sede é acima de tudo por dignidade, pelo direito que nos garanta uma vida com qualidades básicas.
Jesus Cristo, o líder mais conhecido e um dos mais cultuados pela humanidade, chamou de bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, do início da humanidade até Cristo, muitos foram os ‘bem aventurados’, de Cristo até nós, outros tantos existiram, existem e ainda existirão. Não é certo que a desejada justiça chegará aos homens, porém sempre estará entre os homens a esperança de serem saciados.

Não é de hoje que o sistema dominante resume justiça em pão e água, definitivamente sabemos que justiça não é isso, nossas forças, nossa saúde, nossa vida, não valem tão pouco, esmola nunca saciará os tantos famintos que existem.
São gerações, são milhões que clamam por dignidade, e ela, um dia virá?
Dizem que tudo tem seu tempo determinado, se assim for, pode ser que um dia chegue aos homens vindouros o que nunca chegou até nós, a justiça em sua total abrangência.

Aos que se deleitam na miséria alheia, atentem-se, a humanidade por hora ainda vem suportando o arrocho, mas, chegará o dia em que ela tal qual um vulcão adormecido entrará em erupção, e de suas fumegantes larvas, não ficará uma pedra sobre a outra.

Se não saciarem aos que tem fome e sede de justiça o fim estará fadado ao caos completo.
Pensem nisso os senhores detentores do poder, os mesmos senhores que julgam ter nas mãos o controle do sono de um vulcão que ainda adormece.

Mateus Brandão de Souza.





terça-feira, 17 de agosto de 2010

Em terra de sapos, de cócoras com eles.

Antropólogos, psicólogos e outros estudiosos das ciências humanas afirmam que o homem é um fruto do meio; ou seja, o homem como um ser social é antes de tudo, regrado por um conjunto de leis ou normas dentro de sua coletividade. Trocando em miúdos, o homem é um ser influenciado pelas idéias e pelos conceitos de seu meio social.

Alguém da classe dominante dita as regras, mostra o que é certo e o que é errado, determina o que é ordem ou desordem e o homem do senso comum digere tudo sem questionar, aceita como certas e ignora que na verdade está sendo moldado, lapidado para o proveito de alguém, para atender aos interesses, ao deleite de algum ditador das regras a serem seguidas.

O escritor e poeta paraibano Augusto dos Anjos taxou de fera o homem inserido no sistema competitivo, onde competir com seu semelhante é uma forma de manter-se inserido e não à margem da sociedade. Disse ele: “O homem que neste mundo vive entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera”.

Neste caso, o homem, apontado pela filosofia como um ser racional, torna-se tão ou mais irracional do que os outros animais naturalmente desprovidos de razão.

O homem será exatamente igual ao meio que ele estiver inserido. Se está entre sapos, se porá de cócoras como os sapos, se estiver entre as feras, agirá como as feras.

Desta forma, cada um se identifica e forma os seus sub-grupos dentro da sociedade. “As aves da mesma plumagem andam juntas”.

As aves canoras não estão em meio aos urubus, muito menos as pombas estão entre as aves de mal agouro.

Assim são os homens como ser social, ele é um fruto do seu meio, se avaliarmos seu convívio, saberemos muito sobre sua personalidade e seu comportamento.

Por: Mateus Brandão de Souza.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Heróis quem são eles?

A historiografia tendenciosa, tenta nos passar a existência de muitos heróis, de homens grandes, estrelas que brilharam no passado e postumamente são homenageados e cultuados em nossos livros didáticos e lembrados freqüentemente por nossos dominantes e por todos os órgãos escritos, falados e televisionados.
Porém, minuciosamente estudados, amplamente lidos, muitos se desiludiram com os chamados heróis, o “olhar clínico” sobre a vida destes, desmistificaram todos e há quem diga que não existiu um único herói que possa ser de fato reverenciado. Todos foram criados, inventados e endeusados com o propósito de justificar os interesses de uma classe, a dominante.
Nos extremos da história, quando voltamos nossas observações para o amplo campo de estudos que a matéria abrange, de fato caem por terra muitos heróis e aparecem apenas mitos. Há muita coisa por trás dos bastidores que não são contadas em nossos livros de maior acesso. E costumeiramente adoramos a quem na realidade deveria ser odiado.
Nas grandes guerras, nos grandes conflitos, a razão parece estar sempre com o lado vitorioso. Seriam os derrotados de fato vilões e bandidos? as grandes conquistas,  omitem nomes de personagens secundários ignoram que sem estes nenhum propósito seria concretizado.
Os heróis são lendas, são crias do poder aquisitivo, na maioria das vezes quem de fato merece ser aplaudido, não tem seu nome em evidência e pior, nem se quer tem seu nome citado. Há até quem diga que os heróis que se evidenciam, que tem seus bustos em bronze e em estátuas montadas em seus cavalos são na verdade parasitas e não heróis.
Encerramos com a citação do escritor Francisco Carvalho e sua opinião sobre os heróis. Pensemos nisso...


“Não temos heróis nem jamais os tivemos. Afinal, para que servem os heróis? E suas estátuas de granito ou de mármore negro, seus cavalos de bronze, suas medalhas barrocas e as espadas que não passam de metáforas? Para que servem os heróis, se o ácido da chuva desdenha da glória dos homens e nem os pássaros se importam com eles? Para que servem os heróis, se nem sabem quem somos nem jamais ouviram falar dos nossos mitos e utopias’’?(Francisco Carvalho)

Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.

domingo, 15 de agosto de 2010

Quanto você ganha?


Não me interessa, mas pensando no coletivo talvez venha trazer alguns pensamentos e opniões interessantes. 
Cléo Pires, um dos nomes mais buscados na Internet hoje, como sabemos, posou nua numa revista masculina popular, a Playboy. Boatos e conversas indicam que a morena teria recebido R$ 1.000.000,00 para mostrar o exuberante corpo. Àqueles que ainda não fisgaram o objetivo do texto, frizo que não estou criticando a atitude, muito menos ela.
Porém é de se observar, analisar e pricipalmente pensar a respeito, o quanto ganha a grande maioria dos brasileiros, um salário mínimo: R$ 510,00.

Em um ano, recebendo as férias e o 13º salário, um trabalhador enquadrado no S.M., recebe, se pago corretamente, R$ 6.738.80, vinculados a trabalho duro, suor, "trampo de verdade", ou seja se um de nós, um mortal comum, João da Silva, sua mulher e seus três filhos, quiser obter a receita de R$ 1.000.000,00, teria que trabalhar durante 163 anos , desconsiderando os ajustes futuros do S.M. e seus valores vergonhosos que outrora foram pagos. O fato que para muitos é notícia, deveria ser melhor pensado e ser tema de discução para a sociedade.

E tem gente que mostra o corpo, ao invéz de receber, paga com a vida.

Texto de Marcelo Saraiva Leite, estudante do curso de contábeis pela FAFIPA.
Retirado do blog Rabisco literal.


sábado, 14 de agosto de 2010

Ser governado - Raul Seixas.


Indicação do meu amigo José Darci


Ser governado é... Ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, parqueado, endoutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (...). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido. É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!

(David Henri Thereau)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Comarca de Nova Londrina.















Nesta postagem, os dados mais recentes quanto ao número de habitantes e eleitores dos quatro municípios que compõem a comarca de Nova Londrina extremo noroeste do Paraná.


Nova Londrina
Sua população estimada em 2004 era de 13.331 habitantes.
Área    269,389 km² (Fonte:Wikipédia)
População 12.898 hab. (fonte: Ibge 2009).
Eleitores: 9.920 (fonte: TSE-PR 2008).

Marilena.
Sua população estimada em 2004 era de 6.772 habitantes.
Área    232,366 km² (Fonte:Wikipédia)
População 6.704 hab. (fonte: Ibge 2009).
Eleitores: 5.529 (fonte: TRE-PR 2008).

Diamante do Norte.
Sua população estimada em 2004 era de 6.099 habitantes.
Área    242,894 km² (Fonte:Wikipédia)
População: 5.668 (fonte: Ibge 2009).
Eleitores: 4.691(fonte: TRE-PR 2008).

Itaúna do Sul
Sua população estimada em 2004 era de 4.392 habitantes.
Área    128,870 km² (Fonte:Wikipédia)
População 3.621 hab. (fonte: Ibge 2009).
Eleitores: 3.159 (fonte: TRE-PR 2008).

Mateus Brandão de Souza.

Rico versus pobre.

Hoje mais do que nunca, assistimos a decadência da moral, do caráter, dos princípios humanos e do bom costume. O poder, o dinheiro a ganância pelo ter, corrompe o ser humano, o desumaniza e o faz injusto. A sede pelo possuir em muitas das vezes deixa o homem orgulhoso, preconceituoso e em outras ocasiões, transforma o indivíduo num ser pérfido.


Vivemos na época do vale quanto pesa, você vale exatamente a quantia de sua conta bancaria ou de seus bens materiais, sendo assim, para o indivíduo que tem posses, tanto faz ele ter caráter ou não, para o endinheirado, dá no mesmo ser honesto ou traidor, a escolha ele faz de acordo com o peso de sua consciência, uma vez que ser bom ou ruim não implicará em sua conduta frente aos que o julgam, aliás, dificilmente um rico é julgado por alguma falta de qualidade.

O pobre obviamente, não pode se dar ao luxo de escolher sua conduta sem sair lesado, neste mundo corrompido, pobre tem que ser bonzinho, honesto, compreensivo, pacífico e trabalhador. Ao pobre é dever andar na ordem e se deixar adestrar, ao indivíduo desafortunado está traçado o destino de servir com exemplo e retidão, mesmo que o conforto e a dignidade não esteja de forma alguma a ele reservado, ao pobre cabe a submissão e o conformismo.

Um exemplo clássico na distinção pobre e rico está na questão relacionada a vida amorosa, nesta sociedade maculada e demagoga o indivíduo pobre porém de caráter, boa índole tem forte chance de perder a mulher amada para o primeiro forasteiro endinheirado que lhe fizer oposição, mesmo sendo desonesto, o rico tem larga vantagem numa possível disputa amorosa.

Ter dinheiro é o mesmo que jogar com cartas marcadas, é ter carta na manga, é estar sempre na vantagem, não é a toa o alto índice de pobres revoltados por sua condição de vida, a ausência do dinheiro a má distribuição de riquezas, forma uma sociedade de cidadãos injustiçados, à margem da qualidade de vida. Ser pobre não é estar em desvantagem apenas no montante de cifras, ser pobre é ser espezinhado, é não desfrutar de justiça e ser hostilizado.

A própria sociedade desprovida de dinheiro, desvaloriza o indivíduo igualmente pobre, ao rico, além de sua vantagem financeira, ele pode ser feio, devasso, imoral, porem sua moral permanecerá intacta, farão vistas grossas quanto aos seus defeitos, o fato do indivíduo ter dinheiro, o isentará de qualquer mácula. Claro que a falta de qualidade moral não é uma particularidade dos indivíduos ricos, mas a ausência dela surtirá mais efeito ao pobre do que ao rico.

Nos meios da moda, a índole de uma pessoa é medida pela etiqueta de suas roupas, pelo carro que dirigem e pelo imóvel em que moram. Quando pobre, cai por terra a inteligência, a honestidade se torna nula, os valores morais não são contabilizados quando esta ou aquela pessoa não tiver em mãos o fator dinheiro para por em jogo.

O rico é rodeado de “amigos”, ao rico está os bons convites, os melhores lugares, as mulheres lindas, enfim, a parte boa desta vida passageira está destinada ao rico. Aos reles mortais restam o resto, assim funciona e é a realidade de nossa gente, ao pobre é imposto muitas barreiras, faltas de oportunidade, entraves e dificuldades.

O pobre por melhor que seja, será sempre olhado de soslaio, neste mundo cão, viver é para o pobre um padecimento, sobreviver é uma proeza. Augusto dos Anjos em um de seus poemas nos diz: “O homem que neste mundo vive entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera”

Assim seguimos, nos tornando cada vez mais corrompidos, injustiçados e perseguidos, o maior castigo de tudo isso, é ter-se a consciência desta condição desfavorável que estamos imergidos. O lado podre da maçã clama, temos fome e sede de justiça, saciem-nos.

Mateus Brandão de Souza.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quanto ao Julgar

Julgar sem conhecimento de causa é um grande erro, generalizar as pessoas, os grupos, as regiões, os países é algo que não devemos praticar, às vezes de onde menos se espera é que aparece a tão esperada solução. Temos a mania de julgar o livro pela capa, cuidamos muito da embalagem e nos esquecemos o conteúdo.

Jesus Cristo foi contemporâneo aos fariseus, grupo religioso que se julgava detentor da verdade, diziam-se irrepreensíveis, inquestionáveis, porém, grandes questionadores. Os fariseus queriam se mostrar impecáveis, mas a sua santidade era apenas fachada e o bom Cristo os conhecia muito bem, em uma de suas mais notáveis repreensões contra os hipócritas fariseus, disse: “Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão”. (Mt 23,27-28).

Portanto, está mais do que óbvio que as aparências enganam. O reluzir não é uma característica unicamente do ouro, sendo assim, condenar ou absolver pela aparência não é uma ação sensata.
O pré-conceito está intrinsecamente relacionado ao preconceito, ser preconceituoso é um dos tumores principais que nos impede evoluir como seres racionais. Por mais que haja divisões sociais ou territoriais, ninguém é melhor que ninguém e a raça é uma só, a humana.

Se for para haver divisão, que seja de dignidade, do bem comum. Não a divisão de grupos, das corriolas ou das panelinhas. É preciso que esta realidade venha à tona, somos todos uma só raça, independente das nossas ideologias, nossas roupas, dos nossos cabelos ou das nossas peles. Não é justo incriminarmos ou sermos incriminados por aquilo que pensamos. A saúde é o nosso maior patrimônio e a paz na consciência é o maior exemplo de qualidade de vida. Não tente ser melhor que ninguém. Somos todos falíveis, limitados e efêmeros. A vida é breve e perder tempo com picuinhas e disse que disse, não é algo inteligente.

Aprenda, o sistema cria uma pirâmide social imaginária, os que estão no topo, exploram, se julgam melhores do que os que estão embaixo, porém, no baixar da sepultura, somos a mesma coisa. A morte é a nossa grande certeza, não há doutor, não há mendigo, não há rico e nem pobre, não há feio e nem há bonito. Ela nivela a todos.

Pensemos nisso...

Mateus Brandão de Souza.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Quem é o maior? (Autor desconhecido)


Primeiro foi o leão que falou, sacudindo a enorme juba:




— Eu sou o rei! Assim me considera o mundo inteiro! Minha força é alardeada por todos. A França já teve um imperador cujo nome significa: “Leão da Floresta”, a Inglaterra “Ricardo Coração de Leão”. Vejam as grandes nações me aclamam! Quando rujo, tudo se aquieta, e ao meu brado as almas estremecem.

— Mas sois orgulhoso! – disse o boi, interrompendo o rei leão. Eu não! Sou humilde e paciente. Tenho a calma e a compostura. Antes do automóvel, fui eu quem carregou as forquilhas e os caibros das casas. Meus trabalhos estão presentes em todas as civilizações. Quanto às glórias históricas, Carducci me chamou de “Pio Bove”.

— Entretanto, eu sou a glória! – disse o cavalo. — Prestai atenção: Fui cônsul e sacerdote, no tempo do imperador Calígula e comia numa manjedoura de marfim; tomava banho de leite, e tinha arreios de ouro cravejados de brilhantes. Alem disso, tinha uma linda companheira chamada Penélope... Com Átila, onde eu pisava não nascia mais grama! Vivo imortalizado em milhares de estátuas e a Fonte de Hipócrene, onde os poetas iam beber inspiração, brotou do meu pé... Já fui “Bucéfalo", e levei Alexandre, o Grande à Índia.

— Contudo, não tens a minha resignação e, sobretudo a minha resistência. – disse o camelo. Quem atravessa os desertos levando caravanas em busca do tesouro do Oriente? Vós, posto ao deserto, sem água e ao sol, sereis capazes de passar dias sem beber?

— Todavia, - disse o cão. – eu sou a fidelidade e o amor. Sou o melhor amigo do homem!

— Não obstante – disse o elefante – eu zombo de todas as pequeninas criaturas. Diante da minha grandeza, todos vocês são como nada. Além de ser o maior animal da Terra, sou o que possui a maior preciosidade. O valioso marfim! Ademais, transportei marajás e príncipes.

Em meio à discussão, perceberam o jumento, ai num cantinho cochilando, as orelhas murchas, humilde, pensativo.

O leão berrou:
— E tu, ó jumento, animal desprezível, que fizeste?
— Eu... carreguei JESUS!


Por Mateus Brandão de Souza.
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