O ministro chileno da Educação, Joaquín Lavín, viajará ao Brasil neste fim de semana para conhecer os programas desenvolvidos pelo governo federal em relação à educação superior. As manifestações na semana passada fizeram o governo buscar modelos para melhorar o ensino superior.
O ministro pretende conhecer o modelo de gestão de universidades privadas e se inteirar sobre o Programa Universidade para Todos (ProUni) que, segundo dados oficiais do governo brasileiro, já atendeu 863 mil estudantes desde sua primeira edição, em 2005.
Ontem, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou um fundo de US$ 4 bilhões para a educação, e também propôs um debate sobre a mercantilização do setor, como forma de conter as recentes manifestações pelo país contra a situação do sistema educacional. Ele ainda disse que o acesso ao ensino superior será complementado com 120 mil bolsas de estudos para a educação técnico-profissional.
"Há alguns que defendem uma total estatização da educação no Chile. Acredito que isso constitui um grave erro e que prejudica profundamente tanto a qualidade como a liberdade de ensino", afirmou Piñera.
Além disso, o chefe de Estado anunciou a redução da taxa de juros para os créditos universitários de 6% para 4%, e a criação de uma Subsecretária e Superintendência da Educação Superior.
As propostas foram consideradas "vergonhosas" pelos estudantes, que confirmaram novos protestos para o dia 14 de julho. Após as declarações do presidente, 12 pessoas foram detidas em manifestações de secundaristas e universitários contra as medidas recém anunciadas.
No último dia 30 de junho, cerca de 400 mil pessoas participaram de manifestações em várias cidades do país pedindo mais investimentos na educação. Só na capital Santiago, 200 mil estudantes, professores e funcionários públicos ocuparam as ruas.
Com informações da Agência Ansa, enviado por; Stanley Burburinho.
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