Lua Branca que às vezes vem à cidade
Só para trazer saudade dos meus tempos lá da roça...
Em noite escura você vinha sorrateira
Nem precisava fogueira no terreiro da palhoça, ali a gente
com a viola frente ao peito
sem tristeza e preconceito, vivia sempre a cantar
Jamais pensei que o destino traiçoeiro
Separasse o seresteiro do sertão e do luar...
Lua Branca, obrigado da visita, sempre meiga e bonita como
eu te conheci.
Estou morando em casa nobre na avenida,
Lua Branca és minha vida e jamais te esqueci
A palhoça no terreiro não existe,
Só a natureza triste lamentando a sua dor
Em noite escura tu ali nem faz parada,
Não se sente inspirada sem poesia e cantador
Minha viola veio comigo pra cidade
E choramos de saudade quando você aparece
Lua Branca venha sempre com encanto
Para acalentar o pranto desse alguém que não te esquece...
(Lourenço e Lourival)
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