O Governo da Bolívia apresentará
hoje quatro processos de julgamento de responsabilidades contra o ex-presidente
golpista Jeanine Áñez e seu gabinete de ministros por um caso em investigação
desde dezembro de 2020.
A definição já está tomada, as
causas serão reveladas nesta segunda-feira e as anunciaremos oportunamente,
disse o Ministro da Justiça e da Transparência Institucional, Ivan Lima,
durante uma entrevista no canal estatal Bolivia TV.
As palavras da autoridade da
atual administração boliviana vieram poucas horas depois que um juiz ordenou a
prisão preventiva por quatro meses contra o ex-presidente de facto e seus
ex-dirigentes Álvaro Coímbra (Justiça) e Rodrigo Guzmán (Energia).
Também foram emitidos mandados de
prisão para Yerko Núñez (Presidência), Arturo Murillo (Governo) e Luis Fernando
López (Defesa), os dois últimos fora do país.
De acordo com Lima, os processos
de julgamento de responsabilidades serão apresentados na cidade de Sucre, onde
está localizado o Órgão Judiciário e a ação penal através do Ministério
Público.
Às quatro ações judiciais será
acrescentada uma ação penal pelos massacres nas cidades de Sacaba (Cochabamba)
e Senkata (La Paz) com base no progresso feito no processo ordinário contra os
atores, que não têm privilégio constitucional, disse o funcionário.
Áñez, como transcendeu aqui,
valeu-se de seu direito ao silêncio durante a tomada de declarações pelos
crimes de terrorismo, sedição e conspiração, investigados sobre o golpe contra
o chefe de Estado constitucional Evo Morales em 2019.
O Ministro do Governo, Eduardo Del Castillo, assegurou em uma entrevista coletiva anterior que o Executivo nacional não persegue ninguém politicamente e que, ao contrário, sua única reivindicação é a de buscar justiça.
Via – Prensa Latina
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