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A mãe de Ahed, também detida ao se envolver no confronto,
deixou a prisão Sharon, em Israel, neste domingo. Elas encontraram familiares
na cidade de Nabi Saleh, Cisjordânia, onde vivem.
Emocionada, ao chegar ao local, Ahed abraçou integrantes de
sua família e foi seguida no caminho até sua casa por uma multidão.
"Queremos viver livres", gritavam manifestantes.
A garota agradeceu o apoio e, diante de um mar de câmeras,
conversou com jornalistas. "A resistência continua até que a ocupação
termine", declarou.
A jovem também encontrou amigos que perderam familiares no
confronto com soldados israelenses. Em seguida, se dirigiu à cidade de
Ramallah, onde colocou flores no túmulo do ex-presidente palestino Yasser
Arafat. Na sede da Autoridade Palestina, foi recebida pelo presidente Mahmoud
Abbas.
Confronto que viralizou
Ahed Tamimi ficou conhecida mundialmente depois de que um
vídeo em que ela e a prima, Nour, enfrentam dois soldados israelenses. As
imagens fizeram a volta do planeta e a Ahed, com apenas 16 anos na época, foi
presa dias depois. Nour foi libertada em março.
Para os palestinos, a jovem é considerada o símbolo da luta
contra a ocupação israelense em territórios palestinos. Para muitos
israelenses, a garota foi, no entanto, instrumentalizada por sua família e já
havia se envolvido em outros incidentes violentos com soldados.
Para os defensores dos direitos humanos, o caso de Ahed
Tamimi ajudou a destacar irregularidades dos tribunais militares israelenses,
que praticamente só condena palestinos.
"Prendendo uma criança durante oito meses - por
convocar protestos e dar tapas em um soldado - reflete uma discriminação
endêmica, a ausência de um procedimento oficial e um tratamento doentio às
crianças. Ahed Tamimi está livre, mas centenas de crianças palestinas continuam
presas com pouca atenção a seus casos", tuitou Omar Shakir, diretor da ONG
Human Rigts Watch em Israel.
Fonte: Carta Capital
Via – Portal Vermelho
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