A tentativa de assassinato que sofreu o presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, neste sábado (05/08) provocou repúdio da comunidade
internacional. Líderes de Espanha, Bolívia, Rússia, entre outros, condenaram o
atentado e deram apoio ao mandatário venezuelano.
Por meio de seu Ministério de Relações Exteriores, o governo
da Rússia emitiu um comunicado repudiando o ato e pediu que as diferenças sejam
resolvidas por meio do diálogo, onde impere um entendimento. “Condenamos
energicamente uma tentativa de atentado contra o presidente da República
Bolivariana da Venezuela, perpetrado no dia 4 de agosto, que provocou sete
feridos”, diz o texto.
Para as autoridades russas, qualquer desentendimento
ideológico se deve resolver “exclusivamente pela via pacífica e democrática”.
Cuba
O governo cubano condenou “energicamente” o atentado contra
o presidente venezuelano. “Este ato de terrorismo, que pretende desconhecer a
vontade do povo venezuelano, constitui um novo intento desesperado de
conseguir, pela via do magnicídio, o que não conseguiram obter em múltiplas
eleições, nem tampouco através do golpe de Estado de 2002 contra o então
presidente Hugo Chávez, o golpe petroleiro de 2003 e a guerra não convencional
implantada mediante campanhas midiáticas, sabotagens e atos violentos e cruéis”,
diz nota divulgada pela chancelaria do país.
Já o Ministério das Relações Exteriores da Turquia se
colocou ao lado da população venezuelana e de Maduro. Em comunicado, Ancara diz
que “nos inteiramos com grande preocupação do atentado dirigido contra o
presidente Nicolás Maduro, sua mulher, seu filho, membros do governo e
autoridades militares. Condenamos energicamente este ataque abominável”, diz o
texto.
“Nestes momentos difíceis, a Turquia estará ao lado do povo
irmão e amigo da Venezuela e de seu presidente Maduro, sua família e todos os
membros de seu governo.”
Bolívia
O governo da Bolívia se pronunciou por meio de um comunicado
oficial, e o presidente do país, Evo Morales, veio ao Twitter para se
solidarizar com Maduro.
“Repudiamos energicamente uma nova agressão e covarde
atentado contra o presidente Nicolás Maduro e o povo bolivariano. Depois do
fracasso em seu intento de derrocá-lo democrática, econômica, política e
militarmente, agora o império e seus servidores atentam contra sua vida. Esta
tentativa de magnicídio, que é um delito de lesa humanidade, só mostra o
desespero de um império derrotado por um povo valente. Nossa solidariedade.
Força irmão presidente Maduro e povo bolivariano!”, disse Evo.
Já o texto da chancelaria boliviana expressou “sua enérgica
condenação pelo covarde atentado perpetrado contra a vida do presidente Nicolás
Maduro Moros”. O governo lamentou “o uso de metáforas terroristas que vulneram
os princípios políticos fundamentais da democracia, e que põem em risco a vida
de seres humanos”.
O governo de Pedro Sánchez, na Espanha, também se
pronunciou. Em texto divulgado neste domingo (05/08), Madri condena
“firmemente” a “utilização de qualquer tipo de violência com fins políticos”,
desejando aos feridos “pronta recuperação”.
A Espanha pediu que se procure uma solução pacífica para as
questões da Venezuela.
Pelo Twitter, Maduro agradeceu a solidariedade.
"Agradeço aos povos e governos do mundo que se prounciaram contra o
atentado que pretendia acabar com a minha vida. A Venezuela seguirá transitando
a senda democrática, independente e socialista", disse.
Atentado
Maduro não se feriu no ataque, que foi realizado, segundo o
governo, com drones. No momento do atentado, o presidente discursava em um
palco na avenida Bolívar, centro de Caracas, durante as comemorações do 81º
aniversário da Guarda Nacional Bolivariana.
No entanto, ao menos sete funcionários do governo ficaram
feridos.
O ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, disse que os
drones continham cargas explosivas que foram direcionadas ao palanque onde
estava o presidente.
O evento era transmitido ao vivo pela TV. Nas imagens, vê-se
que Maduro e os outros participantes no palco inicialmente se assustam com as
explosões, sendo retirados posteriormente do local.
Fonte: Opera Mundi com informações da TeleSur
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