O sonho bonito do bem comum onde viveremos todos em
harmonia, onde a justiça vá de encontro aos interesses coletivo não passará de
sonho.
Histórias de faz de conta, quimeras, onde cada vez mais
perderá o sentido na cruel realidade formada por seres vulneráveis e
corrompidos que sempre buscarão seus próprios interesses.
A realidade onde a dignidade abrace todos os cidadãos é cada
vez mais inviável, nunca aconteceu e jamais acontecerá. A raça humana com seu
modo de fazer política, jamais será capaz de fazer valer os princípios do bem
comum. O discurso de que os interesses coletivos serão defendidos a qualquer
preço, é lenda e mito, vividos somente no imaginário de sonhadores e
enganadores. Esperanças inalcançáveis que servirão sempre como esteios para
sustentar ou garantir a ascensão e a permanência de alguém ou alguns no domínio
desta máquina falsária denominada política.
Os homens que regem o poder ou aqueles que possuem esta
pretensão, buscarão primordialmente seus próprios interesses, como também, os
interesses daqueles que lhes tem estreita aproximação. Pela ganância em chegar
ao posto almejado em sua candidatura estes homens se unirão ou se afastarão uns
dos outros como melhor lhes convier.
O que importa é o caminho mais curto para suas realizações
pessoais, os que outrora eram inimigos, hoje se abraçam, quem ontem era
apontado como demônio, hoje têm o aval de quem o satanizou, serão sempre assim
os políticos, artistas de muitas faces que mudam seus discursos da maneira que
for conveniente aos seus próprios interesses.
Entra ano e sai ano, passam-se séculos e a realidade é
imutável, porém a esperança de uma realidade justa continua fomentando o
imaginário de todos aqueles que dormem, sonhando com um dia triunfante, onde o
bem, a bonança e a dignidade seja algo comungado por todos. São os pobres
sonhadores que em sua tamanha inocência, alimentam um otimismo também imaginário
de que realidade se reverterá.
O objetivo aqui não é partilhar nosso pessimismo e
frustração, acreditamos até que os sonhadores sejam pessoas mais felizes do que
aqueles que estão acordados assistindo a toda essa patifaria infindável regida
pelos maestros da política. Estaremos cada vez mais mergulhados no lodo da
desesperança onde quem pode mais chora menos e os que nada podem e muito choram
jamais serão saciados e tampouco consolados.
Assim é e assim será.
Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.
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