Nessa vida aperreiada
De excluído do sistema
Eu já fiz de tudo um pouco
Já fui frentista de posto
Fui poeta e fui poema
Já trabalhei de padeiro
Oreia seca em construção
Já fui vendedor de foto
Fui colhedor de algodão
Já vendi móvel e eletro
Trabalhei de almoxarife
Fui vigilante noturno
Trabalhando no escuro
Sem ter na mão faca ou rifle
Eu também já fui porteiro
Fui professor de História
Fui atendente de mesa
Já fui mão a palmatória
Sou vapor que move a máquina
Usado na mais valia
Fui entregador de compra
Balconista em padaria
Já quebrei milho na roça
No sol quente o dia inteiro
Conduzi carro de som
Propaganda e difusão
Mas nunca tenho dinheiro...
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