Retratar a escravidão é um elemento delicado e extremamente necessário para entender as raízes da nossa sociedade. Daquele tempo em que negros eram tratados como propriedade, restam as histórias, documentadas ou relatadas pela tradição popular. Restam também os costumes, imortalizados geração após geração. Como memória, há raríssimas fotografias, vestígios modernos de um passado sombrio que se perpetuou por séculos no nosso país. Lembranças de uma ferida que durou tempo o suficiente para ser fotografada e não apenas representada em pinturas.
As fotos abaixo são fruto de um trabalho de colorização realizado digitalmente. O resultado é o rompimento das barreiras do tempo, aproximando o período do que entendemos como o tempo presente. A maior parte desse trabalho foi feito em homenagem ao Dia da Consciência Negra, pelo designer alagoano Tom Carvalho. Uma foto (a última) foi colorida digitalmente por Bruno Lopes, historiador e fundador do projeto História Ilustrada.
Escravos na colheita de café, Vale do Paraíba, 1882 (Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles).
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Senhora na liteira (uma espécie de "cadeira portátil") com dois escravos, Bahia, 1860 (Fotógrafo desconhecido/Acervo Instituto Moreira Salles) |
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Escravo não identificado parte de uma coleção chamada "Tipos Negros", do fotógrafo Alberto Henschel. Recife, circa 1869 (Alberto Henschel/Acervo Instituto Moreira Salles). |
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Escravo em estúdio, Salvador, 1870 (João Goston/Acervo Instituto Moreira Salles). |
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Escravos na colheita do café, Rio de Janeiro, 1882 (Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles) |
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Outra foto do álbum "Tipos Negros" de Alberto Henschel, Recife, 1869(Alberto Henschel/Acervo Instituto Moreira Salles) |
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Ex escravos em frente a barraco em Porto Alegre, 1900 (Lunara/Acervo Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo). |
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Mulher negra de Pernambuco, Recife, 1869 (Alberto Henschel/Acervo Instituto Moreira Salles). |
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Lavagem do ouro, Minas Gerais, 1880. (Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles). |
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Negra com o filho, Salvador, em 1884 (Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles). |
Fonte:
Bruno Henrique Brito Lopes
Graduado em História pela Universidade Católica de Pernambuco.
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