Antônio Luiz Ferreira Arrabaça e Francisco Vicente Vieira.
(Reportagem RPC TV)
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Os presidentes das colônias de pescadores de Porto Rico e de Marilena, Francisco Vicente Vieira e Antônio Luiz Ferreira Arrabaça, negaram as acusações de que comandavam um esquema de fraude do seguro-desemprego.
A Justiça Federal do Paraná aceitou, em junho, a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF), também no mês de junho, de que os dois pescadores eram responsáveis pela fraude do benefício. Além deles, o vereador de Diamante do Norte, Paulinho Leite (PV), também é acusado de envolvimento.
Segundo o MPF, os articuladores do esquema forneciam as
carteiras profissionais de pescador a qualquer pessoa em troca de votos ou para
aumentar o número de filiados e, consequentemente, o faturamento da colônia de
pescadores. Ao todo, 114 pessoas são acusadas de fazer parte do esquema de
fraude do benefício. De acordo com o Ministério Público Federal, mais de R$ 2,1
milhões foram desviados. Agora, elas vão ter que provar que, realmente, eram
pescadores e dependiam do seguro-desemprego durante a piracema, período em que
é proibida a pesca.
Por determinação da Justiça, os três foram afastados das
respectivas funções. Todos eles foram notificados. Em caso de descumprimento,
eles podem inclusive ser presos preventivamentes. Os três são acusados de
estelionato majorado, que é crime contra o patrimômio ou a União, conforme
informou a Justiça Federal do Paraná.
Francisco Vicente Vieira garantiu que não sabia do esquema.
“Eu não faço documento. Quem sou eu pra fazer documento de pesca? Você chegava
na colônia de pesca e se tinha identidade, CPF, carteira de trabalho, duas
fotografias 3x4, não tinha emprego registrado e firma no próprio nome, então
podia fazer o documento. Eu ia dizer que ele não podia?”, afirmou Francisco.
Antônio Arrabaça disse que ficou surpreso com a denúncia. “A
gente ficou chocado com isso daqui, né? Daí o que é que a gente vai fazer?
Vamos esperar a intimação do promotor pra acionar o jurídico nosso, pra gente
ter conhecimento de causa e pra gente poder provar o contrário do que se está
dizendo”, complementou Arrabaça.
Já o vereador Paulinho Leite (PV) não concedeu entrevista à
RPC TV e também não atendeu as ligações do G1. Na época da denúncia, o vereador
chegou a afirmar que não participou de nenhum esquema para fraudar o seguro-desemprego.
Ele explicou que as colônias solicitavam o espaço da Câmara de Vereadores para
reunir os pescadores da região e, assim, facilitar a realização de reuniões.
“Eu nunca participei de fraude ou esquema contra o Ministério do Trabalho, sou
apenas um pescador”, disse Paulinho Leite à época.
Fonte: G1.com
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