A tatuagem temporária ‘NÃO É NÃO’ esteve estampada nos
corpos de 4 mil mulheres durante a folia no Rio de Janeiro.
Uma pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública e lançada neste ano no Brasil, apontou que, em 2016, 503 mulheres foram
vítimas de agressão física a cada hora no país. Os dados alarmantes juntamente com
o assédio sexual nos espaços públicos, motivaram um grupo de mulheres a
desenvolver uma iniciativa original que fez a diferença para muitas foliãs no
último carnaval carioca.
A tatuagem temporária ‘NÃO É NÃO’ esteve estampada nos
corpos de 4 mil mulheres durante a folia no Rio de Janeiro. A ideia surgiu a
partir do assédio sofrido por uma das 4 idealizadoras do projeto. Luiza Campos
integra a equipe do NÃO É NÃO, que já conta com mais de 50 colaboradoras. Ela
explica que o sucesso da iniciativa motivou o coletivo de mulheres a
desenvolver uma campanha de financiamento coletivo para que o projeto alcance
outros estados.
“A gente já bateu a
primeira meta, que o objetivo era distribuir 5 mil tatuagens no Rio de Janeiro.
Agora temos mais duas semanas de campanha e o nosso desejo é bater a terceira
meta. Estamos correndo atrás da segunda meta que são R$ 18 mil e a terceira
meta são R$ 33 mil. Na segunda meta a gente consegue distribuir 5 mil tatuagens
em cinco cidades que são Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e
Recife. E a terceira meta, que a gente quer chegar, são 10 mil tatuagens em
cada uma dessas cidades,” conta a integrante do projeto.
De acordo com Luiza, o projeto construiu uma rede de
parcerias em cinco estados para difundir o material da campanha e também as
tatuagens temporárias, caso as metas sejam alcançadas.
“A gente formou uma rede de parceiras para distribuir nos
estados. Entramos em contato com ONG´s e
blocos de carnaval feministas para poder garantir a distribuição deste
material. A gente tem parceria em Salvador com a ONG Tamo Juntas!, em Recife
estamos com o apoio dos blocos Vacas Profanas e Essa Fada. Em São Paulo o
RitaLeena e aqui no Rio tem o Tambores de Olokun, o Pipoca e Guaraná e o
Mulheres Rodadas e o Baque Mulher,” destaca.
Além da campanha, o coletivo de mulheres está organizando
debates sobre a questão do assédio. A campanha NÃO É NÃO termina no dia 31 de
outubro, para apoiar o projeto acesse benfeitoria.com/naoenao.
Edição: Raquel Júnia
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