“Mas todo mundo que é genial, nunca é descrito como normal” (Rita Lee – Hino dos malucos).
É evidente que para muitos somos tidos como anormais, nossos neurônios são incansáveis e indagações se despertam a todo instante em nosso cérebro. Estamos constantemente em conflitos de pensamentos, sofremos por não nos adaptarmos a todas as patifarias que nos são impostas e a todas as mesmices e também a todas as idiotices que querem que aceitemos sem que haja de nossa parte a indignação.
Somos loucos, malucos e perturbados, mas também como não haveríamos de ser, se há tanta coisa errada nos afligindo? Se ser louco é não ser condizente com as verdades forçadas, se ser louco é impacientar-se com as estruturas edificadas na areia, construídas apenas para enganar aqueles que não pensam, somos loucos com muito orgulho!
Enquanto tivermos nossa convicção mental fortalecida, vamos permanecer neste estado de inquietude, não viemos aqui para concordarmos pacificamente. Estamos para questionar, para problematizar e expor nossas conclusões.
Não nos conformamos com achismos, não nos importamos com opiniões pejorativas a nosso respeito em virtude de nossas inquietações, antes nos sustentamos em nossos conceitos, que estão sempre voltados ao propósito de resistirmos ao máximo às imposições daqueles que intentam roubar nossas consciências.
Não nos conformamos com o lixo, com a pequenez de espírito e com a falta de respeito, não toleramos aqueles intencionam nos usurpar, sempre haverá de nossa parte a manifestação de revolta.
Nunca estaremos aptos a aceitar a vida de gado, somos a parte preocupante da sociedade, somos os evitados, nossas idéias podem influenciar outros tantos curiosos com mentes também repletas de questionamentos.
Somos os loucos porem nós pensamos, e não é tudo que nos transmite confiança, aliás, pouquíssimas coisas não nos despertam cautela. Importamos-nos sim com a falta de vergonha, por parte daqueles que tentam posar como homens do bem e que atribuem a nós o mal e o perigo.
Somos loucos, porém pensamos, pensamos constantemente, zelamos para não sermos levados por lorotas, não nos calamos diante das injustiças, estamos sempre prontos para quando nos convier, darmos nosso parecer. Nada escapará da nossa avaliação estamos para filtrar o bom e deitar fora o ruim.
Não percam tempo tentando nos aquietar, somos a pior de todas as pragas no terreno dos que semeiam a escravidão de consciência. Nossa semente proliferará nas gerações contemporâneas e vindouras. Somos seres limitados, no entanto nossas idéias, nosso inconformismo, tem atravessado os tempos e sempre haverá soando como buzina infernal, o grito daqueles que resistem aos grilhões dominantes.
Nada há de calar o grito dos que não se contentam com o descaso e a falta de dignidade, jamais nos conformaremos com o pouco, não aceitaremos nunca que o domínio contrário a nossa liberdade de expressão e pensamento venha prevalecer contra os nossos princípios. Estaremos sempre observando, pensando e avaliando.
Embora tentem atribuir características amargas à nossa personalidade, aqueles a quem nos tem estreita amizade sabem que não somos assim, apenas não somos dóceis contra os inescrupulosos que tentam agir conosco, como agem, repletos de glória sobre os indefesos que se deixam enganar de forma irracional.
Somos loucos sim, porém nós pensamos, e toda saúde de nossa mente, nos fará parecer anormais diante daqueles que tem traves em seus olhos. Sendo assim, categoricamente não iremos agir com normalidade diante daquilo que arrisque nossa liberdade e nos confisque a amplitude de nossa visão.
Abaixo os alienadores, os usurpadores. VIVA NÓS OS LOUCOS, com muito orgulho.
Mateus Brandão de Souza, graduado em História pela FAFIPA.
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