Sou filho da noite, sou irmão da lua e das estrelas. Tenho a pele regada pelos serenos, tenho a alma lavada pelos orvalhos.
Sou da noite, do seu silêncio e dos seus sonidos, pertenço às madrugadas, nelas, viajo pelas veredas infindas da imaginação, na noite, deleito-me pelos meandros de meus devaneios.
Identifico-me na vida noturna, sou da noite, ela, encanta-me, nela estou satisfeito... madrugadas pensantes, penumbras, mistérios. Sou da noite, da noite banhada pela prata lunar, prefiro a sombra das madrugadas, prefiro o cintilar das estrelas, me apetece a abóboda pontilhada de infinitas luzes.
Encantam-me nas noites, os uivos dos ventos, familiarizei-me a corujas e caborés, sou irmanado aos bacuraus. Sou um ser das altas horas, motivam-me a composição noturna, as estrelas cadentes e os vaga-lumes.
Prefiro a noite das belas poesias, a noite de páginas e livros, noites do cricrilar de insetos, noites de rodas de amigos... noites, noites, noites.
Venha viver a noite, descubra quão bela é a irmã morena do dia...
Noite, oh noite, obrigado por teu negrume, pelo acalanto de tuas doces horas, obrigado pela paz que me concedes. Viva a noite... viva, viva, viva.
Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.
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