Adágios ou frases são marcas
registradas da sabedoria popular gaúcha, sempre em forma de comparação,
externam de maneira irônica principalmente a má qualidade de determinada pessoa
ou assunto. Desta forma a cultura popular gaúcha se estende além da dança, da
música e da poesia. Os adágios estão inseridos no folclore daquele estado e
ditas de boca em boca mostram o sarcasmo do gaúcho diante de suas adversidades.
A seguir alguns exemplos de
adágios riograndense para que possamos também debochar de tudo aquilo que está
errado e nos causam descontentamento. Confiram:
“Mais desengonçado que galope de
vaca”
“Mais perdido que cupim em
metalúrgica”
“Mais grosso que dedo
destroncado”
“Mais angustiado que barata de
ponta-cabeça”
“Mais constrangido que padre em
puteiro”
“Mais nojento que mocotó de
ontem”
“Forte que nem toco de cigarro
amanhecido”
“Mais atrasado que recado de
gago”
“Mais comprido que esperança de
pobre”
“Mais feio do que cair com as
mãos no bolso”
“Igual casa de esquina, dando
pros dois lados”.
“Igual coruja de corredor,
andando de pau em pau”.
“Mais curto que coice de porco”
“Mais pra baixo que cu de
calango”.
“Alegre como lambari de sanga”
“Assanhada como solteirona em
festa de casamento”
“Cara amarrada como pacote de
despacho”
“Chato como chinelo de gordo”
“Contrariado como gato a
cabresto”
“Desconfiado como cego que tem
amante”
“Mais assustado que cachorro em
canoa”
Foram aí algumas frases corriqueiras do folclore gaúcho para que possamos rir de tudo aquilo que de tão fora do comum nos chama a atenção. Viva o Rio Grande do Sul.
Por: Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA
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