Por Mateus Brandão de Souza
Este ditado vulgar se transborda
em verdade, hora, é de se pasmar a forma como os dias acabam conspirando contra
pessoas que desatam a língua a praguejar e falar sobre os reveses alheios.
Nada como um dia atrás do outro e
a pessoa se vê em maus lençóis, pagando com juros a dívida contraída por sua
língua. É de se admirar também, o capricho do destino contra determinadas
pessoas em suas determinadas colheitas, as sementes plantadas a esmo, sem
critério e preocupação de escolha no ato de semear, são seus frutos
obrigatoriedade de colheita.
O castigo, a mão corretiva do
tempo, mata o orgulho de pessoas tão donas de si, tão mergulhadas na
prepotência e tão plenas no auto conceito e na altivez. Os sábios já diziam:
“Planta-se ventos, colhe-se tempestades”.
A vida é uma roda em constantes
giros, e o destino, este é astuto nas puxadas de tapetes, suas cobranças são
implacáveis. E assim, com o mesmo desdém e descaso com que açoitastes ao teu
semelhante, a tua pele também acabará por sentir os duros golpes de tua ferina
língua.
As quedas, as idas e voltas deste
mundo acabam inevitavelmente fazendo-te quitar as tuas dívidas, a tua língua é,
pois o chicote que fustiga a tua própria carne, a praga que jogastes sobre
outrem, cai inevitavelmente sobre ti.
Não te lamentes agora como se
fosses vítima de injustiça, não lamurie o teu azar, examine antes a tua
consciência e assim você se dará conta que os maus frutos desta colheita
maldita são na verdade as sementes por ti plantadas no dia de ontem.
Há tempo de rir e tempo de
prantear.
“Cuspir pra cima cai na cara”.
Nunca pensastes nisso?
Mateus Brandão de Souza é graduado em História pela FAFIPA e desde muito tempo consciente de que ações tem reações.
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