Uma variedade de pessoas,
religiosos de todos os credos e denominações e até mesmo ateus já me afirmaram
que uma hora ou outra pagamos por tudo aquilo que fizermos de ruim. Sendo
assim, podemos dormir o sono dos justos, pois mais dias ou menos dias a justiça
despontará valendo nossas mágoas e amenizando as nossas feridas.
Dizem que a vida nos prestará
contas de todo mal que praticamos, dizem também, que toda soberba um dia cairá
por terra devido às oscilações da roda da vida onde de tempos em tempos os
extremos se invertem.
Não há tempo que não termine nem
dia que nunca chegue, outro ditado popular também reza na seguinte crença de
que quem planta ventos colhe tempestades. Oxalá que seja verdade, pois quantas
vezes estivemos bem intencionados, plantando sementes boas, enquanto outros
tantos nos davam em troca os frutos mortíferos da ingratidão e da perfídia?
No mundo cão somos vítimas de
toda sorte de jogos sujos, as traições e as puchadas de tapetes nos confiscam a
força da luta deixando-nos descrentes ou em dúvida se vale mesmo a pena sermos
bons.
Vivemos em uma época onde as
virtudes pessoais perderam seus valores, nosso caráter é medido de acordo com
nosso poder material. É o montante do teu salário quem decidirá sobre o teu
destino, sobre como você será aceito dentro da tua sociedade.
Não irão te deferir por tuas
virtudes, o teu bom senso, tua boa intenção ou tua ótima conduta, não farão
diferença. O que pesa na balança de uma sociedade com cidadãos vendidos é
realmente o valor de tua conta bancária, olharão muito mais para a marca do teu
carro e para a roupa com que estás vestido do que para o teu próprio caráter.
Está mais do que provado que você
pode ser vigarista, podes andar contra ordem imposta pelos “senhores e senhoras
da verdade”, nenhum mal te sucederá desde que teu dinheiro seja o suficiente
para atrair a cobiça dos tantos avaliadores repletos de hipocrisia.
Porém, lembre-se, nem tudo está
perdido, o consolo dos que são desprovidos de ansiedade é de que a justiça
tarda mas não falha. Reza a crença que um dia todo esse vento que plantaram
contra ti se converterá na mais forte tempestade que afligirá teus sádicos
algozes.
Que eles colham em abundancia os
frutos da erva daninha, que eles bebam do mesmo veneno que a ti ofereceram, só
assim poderás ter enxugadas tuas lágrimas de sangue, fazendo justiça a todo mal
que feriu tua alma, coração e mente.
Se assim o é, vamos esperar, pois
as quedas são inevitáveis, os tombos tem sido a causa morte de todo o orgulho,
e ninguém deixará de cumprir sua própria sentença.
O senso comum nos adverte, quem
ri por último, ri melhor.
Pois estamos no aguardo, “pote
tanto vai à fonte que um dia volta quebrado”. Deixe estar, deixe estar.
Mateus Brandão de Souza, graduado em História pela FAFIPA.
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