Que bom seria se as coisas boas da vida fossem pra sempre... Que bom seria se não houvesse um limite para vida de quem amamos... Que bom seria se os artistas da vida real nunca saíssem de cena... Que bom seria se soubéssemos aceitar com naturalidade a lei natural da vida. Todas as palavras do mundo seriam insuficientes para expressar o sentimento de todos nós que vimos vocês duas partirem. Vocês eram mãe e filha, eram também, a melhor amiga uma da outra, Descansem em paz. Para sempre nossas heroínas.
Era uma segunda-feira que amanhecia comum como tantas outras, muito embora aquela de 2010 tenha caído exatamente em um 08 de março, dia dedicado internacionalmente às mulheres. A vida em nossa família seguia seu cotidiano normal, se quer imaginávamos que ao fim da tarde daquele dia, iríamos sofrer o tamanho impacto da notícia que nos chegou de Paraíso do Norte.
Nereide e Marcele, respectivamente mãe e filha saíam de cena do palco da vida em um desastre que nos deixou imensamente consternados frente ao acontecimento que veio ceifar a existência de duas pessoas por quem guardávamos amor e consideração.
Era apenas uma quadra que separava Marcele e Nereide de suas casas, porém o destino marcou para nós naquela esquina, a amarga despedida daquelas que além de mãe e filha, eram amigas inseparáveis e esteios fortes da família do meu irmão José Cardoso e de seus dois filhos Eder e Diego.
Um acontecimento desta proporção deixa marcas enormes em nós que somos dotados de sentimentos, pois por mais conscientes que somos sobre a lei natural do nascer e morrer, nunca somos emocionalmente fortes para suportar, aceitar e entender a partida de um ente querido.
Marcele, jovem aos 21 anos, esbanjava saúde e beleza, tinha mil planos, mil anseios, mil sonhos, ninguém jamais pensou que a fatalidade ia nos deixar órfãos de sua presença insubstituível. Nereide vivia para os filhos, morreu duas horas depois do acidente ao dar entrada no pronto socorro de Maringá, sequer viu a geladeira nova que tanto queria e que havia chegado aquele dia em sua casa.
Um acontecimento de marcas desmedidas, que nos serve para pensarmos na fragilidade da vida e o quanto as estruturas pessoais são abaladas quando se perde de forma inesperada uma pessoa próxima. Conosco ficou além da infinda tristeza, a amarga certeza da inutilidade das palavras e dos atos, pois não há nada que apague de nossas memórias e corações o vazio deixado por essas duas criaturas que partiram repentinamente nos cobrindo de tristeza e luto.
Marcele e Nereide. Fica registrada neste blog esta homenagem a vocês que sempre serão amadas, fica também além de toda a nossa saudade, a certeza de que a um ano o mundo de todos os seus parentes e amigos ficou pior devido ao vazio que suas ausências deixaram.
Descansem em paz queridas.
Mateus Brandão de Souza.
Pois é.... nossas meninas nos deixaram há um ano. Mas permanecem vivas em nossa memória. Saudades meninas. Que Deus as tenha.
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