Uma vala comum com os restos mortais de cerca de 220 supostas vítimas do Programa de Eutanásia nazista, cujo foco era eliminar portadores de deficiências, foi encontrada na localidade de Hall, no Tirol austríaco, informou no dia 14 de Março a emissora pública da Áustria ORF.
Segundo fontes, a fossa foi encontrada nos arredores do centro de psiquiatria do hospital regional de Hall, durante as obras que estavam sendo realizadas no estabelecimento médico.
As vítimas teriam sido enterradas entre os anos de 1942 e 1945, e há suspeitas de que muitas delas tenham morrido no chamado Programa de Eutanásia. O programa foi iniciado pelos nazistas para potencializar a "raça ariana", eliminando portadores de deficiências físicas e mentais, entre eles muitos menores de idade.
As autoridades austríacas paralisaram as obras e começaram a investigar a identidade dos corpos, assim como a possível existência de outras valas.
Até que não sejam realizadas as autópsias dos corpos, a causa das mortes das pessoas enterradas não poderá ser determinada, embora o historiador Horst Schreiber tenha revelado à ORF que há suspeitas de que as vítimas tenham morrido de fome.
Estima-se que quase 200 mil pessoas com algum tipo de doença ou deficiência tenham sido assassinadas durante o regime nazista, após terem sido separadas de suas famílias com o pretexto de serem encaminhadas a instituições sanitárias.
Na Áustria, o lugar mais relacionado a este programa é o antigo palácio de Hartheim, perto da capital da Alta Áustria, Linz. Ali, foram eliminadas aproximadamente 30 mil pessoas entre 1940 e 1944, catalogadas na nomenclatura nazista como "vidas indignas de ser vividas".
O porta-voz do projeto de construção, Johannes Schwamberger, disse que as obras foram interrompidas após a descoberta do cemitério clandestino nazista, para permitir uma investigação que descubra a identidade dos mortos. Mais de 75.000 pessoas foram assassinadas pelos nazistas por terem deficiências físicas e mentais.
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