““... Quando eu vi nesta cidade,
Tanto horror e iniqüidade
Resolvi tudo explodir ““...
(Chico Buarque em Geni e o Zepelin)
Povo, povo, se Deus pesou a mão sobre os sodomitas, imagine o que ele fará com nós, pecaminosos mortais deste fim de mundo em época do fim do mundo. Sim, pois segundo os Maias, o fim do planeta está às portas, 2012 é a data prevista por estes fantásticos astrônomos pré-colombianos, 2012 está bem aqui.
Pois bem, será que o que rolava em Sodoma e Gomorra se assemelha com aquilo que rola por trás dos bastidores deste circo ao qual se estende sobre nossas cabeças? Você é capaz de imaginar o que vem acontecendo debaixo de nossas narinas?
A promiscuidade, a orgia, a perversão que houveram por lá, eram inocentes, se comparadas com a dos nossos dias. Os maiores pervertidos de Sodoma e Gomorra se pasmariam frente ao despudor reinante do nosso tempo.
Tudo bem que para sua época, Sodoma e Gomorra eram avançadas em matéria de desobediência e andavam na contra ordem de seu tempo, porem, a maestria dos nossos dias em atender aos anseios da carne é tanta, que o menor aluno em promiscuidade daqui, serviria como reitor dos reitores da libertinagem das duas extintas cidades.
Os escândalos causados por Sodoma e Gomorra, a violação dos bons costumes de seu tempo são se comparados aos nossos algo tão inocente, que se fossemos sodomitas ou gomorritas, teríamos uma conta pequena à prestar com Deus.
As coisas por aqui estão em tal nível, que se Sodoma e Gomorra tivessem notícias de nós, seus habitantes ficariam antes de tudo escandalizados e em seguida, revoltados. Povo, povo, nem queiram imaginar o tamanho do nosso castigo, se a prestação de contas para as irmãs Sodoma e Gomorra foi a nível de fogo e enxofre, A nossa então será indizível.
Joelhos ao chão minhas criancinhas, joelhos ao chão, as coisas por aqui andam estarrecedoras, seria o mesmo que colocarmos lado a lado uma bola de basquetebol e uma cabeça de alfinete, nós somos a primeira opção, os sodogorromitas, a segunda.
Pois é, as coisas estão nestas proporções, os cananeus de Sodoma e Gomorra não querem ser um carrapato em nosso couro. Nossa divida é descomunal, nem tentem imaginar. Os mais ajuizados, começaram a rezar.
Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.
Novo visual do blog muito bom.
ResponderExcluirParábola despertante, embora ao meu ver, não haja mais volta para o cenário atual deste espetáculo, Sentença.