E aqui vamos nós, 2018 adentro, na expectativa de que – ao
contrário de 1968 – o ano termine. E termine bem, se possível, pois no andar da
carruagem golpista a que temos que suportar e ver passar existe sempre a
possibilidade que o dia de amanhã seja pior que o dia de hoje.
Que o Brasil atual é governado por ladrões já não é
novidade. Que muitos de seus membros já deveriam estar vendo o sol nascer
quadrado já parece que se transformou numa vã ilusão.
Os coelhos que saem da cartola do neoliberalismo tupiniquim
são todos doentes, empesteados, com febre amarela.
Não conhecemos sequer quem são os ministros de estado do
governo golpista. Eles que, tudo leva a crer, pouco sabem do assunto de suas
pastas.
Tome-se o caso da nova ministra do trabalho indicada e que
tem dívidas com a justiça trabalhista.
A maioria dos juízes de direito não sabe direito o que é ser
juiz. Ou melhor, não entendem essa coisa que se chama JUSTIÇA.
Alguns, talvez, até tenham comprado os seus diplomas, quem
sabe? Afinal, ninguém é de ferro…
Bagunça total. E com várias raposas a tomar conta, o
galinheiro está em polvorosa.
O Brasil da Casa Grande mostrou a cara para valer, o que não
fazia desde a época colonial, ou melhor, desde 1964/68, agora com uma
diferença: entre os senhores e os escravos tem uma coisa chamada classe média
ascendente, que não pertence à Casa Grande e tem que mostrar que também não é
escrava. Inveja aos senhores donos do dinheiro e despreza a negrada pobre do
fundo de quintal.
Essa classe média, normalmente saída da pobreza, tem
vergonha de pobre e quando fica melhorzinha de vida passa a ter ódio de pobre.
E muitas vezes, para ficar melhorzinha de vida, lança mão de
algum tipo de corrupção, mas são os primeiros a apontar o dedo acusador para
qualquer lado, com a perspectiva de chamar a atenção para a sua própria
“honestidade”.
Qualquer psicanalista, incluindo aqueles que de alguma forma
compraram o seu diploma, é capaz de matar essa charada.
O espetáculo jurídico/mediático programado para Porto Alegre
na próxima semana que, por se tornar um espetáculo, já é uma aberração em
termos de justiça (a discrição e a serenidade deveriam prevalecer),
transformou-se em arena de um julgamento político.
A pantomima oferecida a cada um de nós, cidadãos
brasileiros, além de ridícula é uma afronta à nossa inteligência, um deboche e
uma perversidade com os mais desafortunados na escala social.
O ódio disseminado por alguns bolsões de direita no tecido
social brasileiro, infectando-o, tornou-se um caso patológico. Sem trocadilhos.
Via - Viomundo
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