Aquilo que nós conhecemos por estrelas cadentes, na
realidade não são estrelas, são partículas de minerais que viajam pelo espaço
sideral e quando uma dessas inúmeras partículas entra na atmosfera da terra, o
impacto faz com que ela se torne incandescente e visível a olho nu, por isso
aqui da terra temos a impressão de que a estrela está caindo.
Muitas vezes esses minérios espaciais acabam caindo na
superfície da terra e quando isso acontece, os minérios são chamados de
meteoritos. O maior meteorito que temos notícia de ter caído no Brasil foi
encontrado na Bahia pelo menino Bernardino da Motta Botelho, nas proximidades
do rio Bendegó na cidade de Monte Santo em 1784. O Rio Bendegó que fica próximo
onde o meteorito foi encontrado, foi batizado com este nome pelos nativos
daquela região, os índios cariris, Bendegó na língua cariri significa ‘caído do
céu’.
O Bendegó pesa cinco toneladas e é o 15º maior meteorito
encontrado no mundo seu formato lembra uma sela de montaria, hoje o Bendegó se
encontra no Museu Nacional da Quinta da Boa vista no Rio de Janeiro. O
transporte da Bahia ao Rio de Janeiro aconteceu em 1888 por ordem do Imperador
D. Pedro II que achou por bem que Bendengó viesse para a então capital do país.
A retirada do meteorito do local de sua queda entristeceu os
moradores de Monte Santo, pois muitos guardavam carinho e até mesmo a crença de
que o Bendegó fosse uma pedra sagrada, populares da época diziam que a região
sofreu uma grande estiagem e o motivo era o castigo divino pelo traslado da
pedra da Bahia ao Rio. A cidade de Monte Santo oito anos mais tarde entraria
para história não pelo Bendegó, mas pela Guerra de Canudos, onde Antonio
Conselheiro se tornaria um dos maiores líderes populares do mundo.
Portanto se um dia você for ao Rio de Janeiro, visite o
Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, lá se encontra o Bendegó, até Albert
Einstein já foi visitá-lo, enquanto os moradores da região de Monte Santo,
reclamam a volta do Bendegó ao local de sua queda o que muito contribuiria para
o turismo naquela região.
Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.
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