No Canal do Ufologo
Durante a ultima onda de
observações de OANI, em meados de 1965, uma surpreendente notícia foi
publicada, sob título acima, por conceituado jornal de Belo Horizonte, "O
Diário" (15/ago/65). Segundo a reportagem, três crianças teriam observado,
em 1963, um estranho objeto voador com vários tripulantes, no próprio quintal
de sua residência!
Imediatamente o Sr. Alberto
Francisco do Carmo, associado do CICOANI, dirigiu-se à casa dos meninos para
investigar o caso. Eis o relatório apresentado no mesmo dia, pelo Sr. A. F. do
Carmo, após longo contato com as 3 crianças e seus pais, no próprio local onde
teria ocorrido o incidente:
Data da ocorrência: 28 de agosto
de 1963.
Hora: entre 19:00 hs e 19:30 hs
(tempo local).
Duração: entre 10 e 15 minutos.
Local: Rua Conselheiro Lafaiete
nº 1533, bairro Sagrada Família, cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.
Observadores depoentes: Fernando
Eustáquio Gualberto, atualmente com 14 anos (12 anos na época do incidente);
Ronaldo Eustáquio Gualberto e José Marcos Gomes Vidal, ambos com 7 anos da data
da ocorrência (9 anos na data deste relatório). Os dois primeiros são filhos do
casal Alcides Gualberto e Maria José Gualberto e residem com mais quatro
irmãos, todos de menor idade, no endereço citado. Quanto a José Marcos, trata-se
de um amigo íntimo que reside na casa da frente.
Afirmam Fernando e seus
companheiros que, na noite de 28 de agosto de 1963, logo após o jantar, saíram
para o quintal com a finalidade específica de lavar um coador de café, com a
água de um depósito situado ao lado de uma cisterna. Ao atingir o quintal,
através da porta dos fundos, Fernando notou que ele estava bem iluminado, mas
não estranhou, porque havia luar. José Marcos dirigiu-se rápido para o depósito
de água (um velho tambor de gasolina), abaixando totalmente a cabeça e os
braços para colher o líquido numa vasilha. Ronaldo, que vinha logo atrás e mais
à direita da casa, foi quem primeiro se surpreendeu com a origem do clarão que
iluminava o quintal, cuja lâmpada achava-se apagada: um objeto esférico,
iluminado por dentro e de paredes transparentes, flutuava imóvel sobre um
abacateiro situado à frente e um pouco ao lado da residência, a cerda de 5
metros do solo e 8 metros dos observadores. Seu diâmetro foi comparado com a
sala principal de sua casa (entre 3 e 3,5 metros). A esfera era dividida em
"pequenos quadrados", provavelmente uma estrutura quadriculada. Na
parte superior apresentava uma espécie de antena, constituída por 2 hastes
inclinadas em forma de "", encimadas por esferas, e uma haste vertical
central. Através das paredes transparentes avistavam-se quatro pessoas sentadas
em banquinhos de uma só perna. Estavam de perfil em relação aos observadores.
Uma das pessoas, sentada no banco de trás, tinha aspecto masculino e era mais
robusta que as outras. Logo à frente desta, no centro da esfera, sentava-se o
que lhes parece uma mulher: longos cabelos alourados e puxados para trás; no
banco da frente havia um homem semelhante ao primeiro, porém mais magro, que
parecia controlar instrumentos num painel onde havia uma espécie de tela
semelhante à de televisão. O quarto "homem", que logo viria a descer,
sentava-se ao lado esquerdo da "moça" no centro do objeto. Todos
vestiam uma espécie de escafandro e tinham as cabeças envoltas em cúpulas ou
capacetes redondos e transparentes. Apresentavam aparência quase uniforme,
inclusive nos vestuários: os troncos vestidos com algo de cor castanha; abaixo
da cintura os vestuários eram brancos, até alcançarem os joelhos, de onde
continuavam pretos até os pés (vestiam "botas pretas", segundo os
depoentes). Os uniformes pareciam ser feitos de couro e eram muito enrugados
nas partes correspondentes aos membros e tórax dos tripulantes.
Em questão de segundos
projetaram-se da parte inferior do aparelho, em direção ao solo, dois feixes
luminosos, paralelos e de cor amarelada. Entre esses dois feixes desceu um dos
"homens", como que flutuando em postura ereta, até tocar o solo
suavemente. Tão logo no chão, o homem encaminhou-se para o lado dos
observadores. Fernando e Ronaldo achavam-se quase colados à casa e,
completamente aturdidos, não avisaram José Marcos que, com a cabeça
completamente pendida dentro do tambor de água, nada percebera ainda.
Com andar pesado, cadenciado, os
braços balançando um pouco afastados do corpo e, aparentemente, sem perceber a
presença de Fernando e Ronaldo, o homem dirigiu-se para o lado da cisterna,
onde parou. Em seguida, estendeu um braço na direção de José Marcos.
Interpretando o gesto do homem como uma ameaça ao seu companheiro distraído, Fernando
saltou sobre José Marcos, jogando-o ao chão violentamente, para evitar que
fosse agarrado. Com José Marcos ainda surpreso, no solo, o homem, imóvel, olhou
para Fernando e, em seguida, para Ronaldo. Este havia se afastado mais para o
fundo do quintal, com o propósito de fugir para dentro de casa; mas, no
atropelo da fuga, seu joelho bateu na quina da casa e a dor o fez parar. Neste
momento, o homem fixava-lhe o olhar. Ronaldo voltou então alguns passos e
deixou-se ficar passivamente ao lado da casa, junto aos companheiros, que
também sentiam-se sem forças para fugir ou gritar. O homem fez uma série de
gestos com as mãos, em sentido horizontal, acompanhando-os com movimentos da
cabeça e palavras estranhas. Fernando afirma que seu medo passou após essa gesticulação.
Já mais calmos e a cerca de 2 metros de distância, os meninos puderam reparar
melhor o estranho visitante. Possuía apenas um olho. Era completamente calco
(como dois de seus acompanhantes) e sua pele tinha uma forte tonalidade
vermelha. Sua enorme figura foi comparada ao tamanho da porta do lado da casa
(mais de 2 metros). Sobre o capacete transparente havia uma espécie de antena
em forma de aro, com uma pequena esfera pendente. O olho era grande,
arredondado, escuro, sem a parte branca que chamamos esclerótica. Ao invés de
uma pupila circular, José Marcos insiste em que a parte central do olho
apresentava apenas um risco horizontal mais escuro. Sobre o olho,
movimentando-se frequentemente, havia uma mancha saliente escura que os meninos
interpretaram como sobrancelha. O vestuário, descrito anteriormente, cobria o
corpo por inteiro e parecia levemente inflado.
O homem sentou-se na borda da
cisterna, ficando de perfil para os meninos, e de frente para o aparelho, onde
continuavam seus companheiros. A altura de sua cabeça ultrapassava de muito a
altura da manivela da cisterna. Aproveitando-se de sua aparente distração,
Fernando deslocou-se alguns passos, de forma a ficar atrás do homem. Apanhou
rapidamente um pedaço de tijolo no solo e levantou o braço para arremessá-la no
homem, pelas costas. "Eu queria acertar ele" - afirmou Fernando.
Inexplicavelmente, como se tivesse adivinhado, o homem saltou de pé, virando-se
para Fernando em movimento rápido e ejetando, de uma superfície retangular situado
na altura do tórax, um jato de luz amarela que foi atingir a mão do menino,
fazendo-a tremer momentaneamente. O tijolo caiu ao solo e os meninos perceberam
que o homem, ao olhar rapidamente na direção do aparelho, recebeu do
companheiro que estava no comando dos instrumentos um gesto que eles
interpretaram como de dissuasão. Neste momento os meninos observaram mais
claramente que também este tripulante tinha um só olho. Nos breves instantes em
que o homem dera-lhe as costas as crianças puderam notar a existência, alí, de
uma caixa de cor acobreada, presa ao vestuário. "Sabe aquela cor que
aparece quando a gente descasca um fio de luz?" - perguntou Fernando,
tentando descrever a cor da caixa.
Numa língua estranha, com voz
extremamente "grossa" e com muitos gestos com as mãos, a cabeça e o
olho, o homem parecia esforçar-se por se fazer entendido pelas crianças, que o
observavam passivamente. Fechando um círculo com o indicador e o polegar, o
homem traçou no ar vários círculos em torno deste, com o indicador da outra
mão, sempre falando. Em seguida apontou para os três meninos e, com certa
dificuldade, procurou juntar as palmas das mãos ao lado da própria cabeça, como
a fazer um gesto de dormir. Apontou então para a Lua, fazendo um gesto de
elevação progressiva das mãos, como a indicar um voo naquela direção.
A seguir o homem virou-se e
encaminhou-se lentamente na direção do aparelho, pelo caminho que já havia
trilhado. Vendo-o afastar, José Marcos perguntou, ansiosamente, a Fernando:
"Será que ele volta?". Surpreendentemente, o homem giru a cabeça em
sua direção e fez com ela vários movimentos verticais, como a responder
afirmativamente à pergunta de José Marcos. No meio do caminho dobrou o corpo na
direção de um canteiro e dali retirou uma planta, com a mão esquerda.Ao atingir
o ponto onde havia "aterrissado", fez um discreto gesto e
reapareceram os dois jatos de luz ligando o aparelho ao solo. Subindo entre as
duas faixas suavemente e em postura ereta, como descera, o homem ainda foi
visto sentando-se junto aos seus companheiros. Imediatamente depois o aparelho
emitiu um brilho forte e ascendeu silenciosamente numa direção oblíqua, rumo
leste, apagando-se logo e deixando de ser percebido pelas crianças ainda
estupefatas.
Tão logo se sentiram livres, os
meninos correram para dentro de casa, chamando Dna. Maria José, aos gritos.
Esta, que estava acomodando seu filho caçula no quarto da frente, não percebera
qualquer alteração no ambiente, durante os poucos minutos em que se desenrolara
o incidente, exceto um forte e breve clarão entrando pela janela basculante do
quarto. Estranhara esse clarão porque sabe que não há possibilidade de um farol
de automóvel atingir as janelas de sua casa, gritando. Mas não dera importância
ao fato, até a entrada ruidosa dos meninos em casa, gritando: "mamães,
venha ver que coisa horrorosa!". Além da agitação e palidez de seus
filhos, impressionou Dna. Maria José o fato do vizinho José Marcos, ao entrar
correndo com os outros, dirigir-se diretamente para debaixo de uma das camas,
onde se escondeu apavorado.
No momento do incidente, o Sr.
Alcides Gualberto, pai das crianças, encontrava-se num bar da vizinhança,
conversando com alguns amigos. A mando de Dna Maria José, uma menina foi
chamá-lo. Correndo imediatamente para casa, o Sr. Alcides surpreendeu-se com a
história dos meninos e foi examinar o quintal. Pôde notar então, no chão de
terra batida, várias marcas pequenas, em forma de triângulo, no trajeto que o
homem fizera, segundo indicação de seus filhos. As depressões eram bastante
fundas, com cerca de 1,5 cm de lado, indicando terem sido feitas por alguma
coisa muito pesada. Na mesma noite, o Sr. Alcides voltou à presença dos amigos
para contar-lhes a estranha história. Mas a reação destes, como a de toda a
vizinhança foi do mais absoluto descrédito. Um vizinho, de nome Jamil, chegou a
ver as marcas no solo, na noite da ocorrência. Quanto a Dna. Maria José, a
preocupação de que se viu possuída aumentou quando percebeu que os meninos se
recusavam terminantemente a sair do quintal à noite, contrariando um velho
hábito. Relatou o fato a vizinhos, inclusive à Dna. Zita Iani (ver caso à
parte), mas a incredulidade foi geral. Diz que, diante dessa atitude, Fernando
costumava reagir com as seguintes palavras em tom de mágoa e desafio:
"Eles não querem acreditar? Pois um dia eles acabarão vendo o que vimos e
aí ficará provado que não mentimos!"
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