TSE - Divulgação |
Para o ministro, o desfile de
tanques é exemplo de intenção intimidatória e que, desde 1996, o processo
eleitoral não tem nenhum episódio de fraude.
Lourdes Nassif
No GGN
Há uma tentativa de levar as
Forças Armadas ao ‘varejo da política’, disse o ministro Luís Roberto Barroso
ao participar de seminário neste domingo. O ministro vê uma tentativa de usar
as FA para atacar o processo eleitoral e que o país vê a ascensão do populismo
autoritário.
Barroso pontua que os comandantes
militares devem evitar a contaminação, e lembra que os representantes das
Forças Armadas foram convidados pelo TSE para participarem do processo de
fiscalização das urnas.
Para o ministro, o desfile de
tanques é exemplo de intenção intimidatória e que, desde 1996, o processo
eleitoral não tem nenhum episódio de fraude.
Outro ponto destacado é que é
preciso estar atento com a politização das Forças Armadas, pois que é um risco
real para a democracia. Colocou-se como crítico ferrenho da ditadura e que,
nesses 33 anos de democracia não houve notícia ruim vindo das Forças Armadas.
Mas agora o quadro mudou, com
Bolsonaro tentando jogar as Forças Armadas no ‘varejo da política’. Sua
expectativa é de que as FA não se deixem seduzir e que o profissionalismo e o
respeito às instituições prevaleçam.
O ministro evitou comentar sobre
o indulto a Daniel Silveira e disse que o caso deverá voltar para a Corte. E
que não pode opinar antes disso.
Barroso ainda falou sobre
desinformação e instituições brasileiras aos estudantes brasileiros que moram
na Alemanha. No entanto, falou de forma ampla, evitando associações com o
Brasil.
Mas enfatizou que o Brasil é um
dos países que passa pela ascensão do ‘populismo autoritário’ e que hoje o país
passa por um momento de desprestígio internacional com o governo Bolsonaro.
Com informações de O
Globo.
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