Saudade é dor que nunca sara, é ela que pode parar de doer
temporariamente, mas, sempre aparece, latejando, guardada nalgum canto da nossa
lembrança.
Saudades, quem não as têm? Eu tenho muitas e cada uma tem a
sua maneira de ser sentida, há aquelas gostosas que desperta na mente e
refrigera a alma, porém, há aquelas que machucam que doem no peito parecendo
arrancar um pedaço do nosso ego.
Ah! a saudade, esta chaga incurável que viceja nos meus
devaneios, a saudade que desperta ao olharmos uma fotografia, um cenário, um
lugar, saudade que chega aos repentes, nas horas de insônia. Saudade que te rejuvenesce,
que te faz voltar à infância, saudade saudosa, que te trás nitidamente o rosto
de quem já partiu, saudade... Saudade de
outros tempos, de outras épocas de momentos prazerosos.
Saudades, sempre as tenho, na calada da noite, em rodas de
bate-papo, quando à tona referem-se a alguém que está longe, que já esteve, de
épocas que já não voltam... Doces lembranças guardadas no íntimo dos
privilegiados, destes que de alguma forma prenderam-se a um passado, a algo ou
alguém que ficaram gravados em nossas reminiscências..
Saudades, até quando ela é boa até quando ela é má? Já soube
de gente que morreu de saudade, alguns de tanto tê-la, enlouqueceram, há
aqueles que as sentem, e ficam a suspirar um suspiro apaixonado por algo que já
não é ou que está tardando a outra vez tornar a ser e estar.
Saudades, quem não as têm?
Tenho de todos os tipos, das casas que morei, de gente, de
animais, das turmas de escola, de empregos, da faculdade, saudades da terna idade
e até das coisas que não fiz, complicado ter saudade, ela se mescla entre as
personalidades de mocinha e vilã, porém, todos a tem, ela está em todos os
corações, até nos mais duros.
Saudades, onde estão suas raízes? No peito, na mente,
naquilo que nos fez bem em algum momento...
Sou vítima da saudade, mas quem não é?
Mateus Brandão de Souza, graduado em História pela FAFIPA
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