Portugal comemorou
no último dia 25, o 47º aniversário da Revolução dos Cravos com a aplicação de
medidas higiénico-sanitárias e o tradicional desfile da Avenida Liberdade em
Lisboa, suspenso em 2020 na sequência da pandemia de Covid-19.
Embora aquela emblemática artéria
da capital portuguesa tenha ficado deserta há um ano - 'imagem inédita desde a
chegada da democracia', devido ao confinamento, neste domingo voltaram os
cravos vermelhos e das suas janelas, os cidadãos vão cantar Grândola, Vila
Morena.
A composição de autoria de José
Alfonso foi a escolhida pelo Movimento das Forças Armadas como sinal da
Revolução dos Cravos e na madrugada de 25 de abril de 1974 foi transmitida pela
Rádio Renascença, em advertência no início deste evento histórico.
Atualmente, o país ibérico está a
promover a terceira e penúltima fase do seu plano de desaceleração num contexto
marcado pela pandemia, após isolamento social entre 15 de Janeiro e 15 de
Março, pelo que a Direção-Geral da Saúde considerou a existência de condições
para a limitada realização do desfile.
Horas antes dessa procissão, a
Assembleia da República reunirá 47 dos 230 deputados da Câmara, seis membros do
governo e 60 convidados para o desenvolvimento de uma sessão comemorativa, cujo
encerramento será protagonizado pelo presidente do país, Marcelo Rebelo de
Sousa.
O Palácio de São Bento, edifício
neoclássico localizado em Lisboa e sede da Assembleia da República, vai
organizar nos seus jardins uma programação cultural, também planeada online,
para comemorar o dia em que o exército colocou cravos vermelhos na boca das
suas espingardas em vez de balas.
A Revolução dos Cravos causou a queda no país europeu da ditadura mais antiga do continente conhecida como Estado Novo e permitiu às últimas colônias portuguesas alcançarem a sua independência após uma longa guerra colonial contra a metrópole.
Via – Prensa Latina
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