Por Zé da Luz
Três muié ou três irmã,
Três cachôrra da mulesta,
Eu vi num dia de festa,
No lugar Puxinanã.
A mais véia, a mais ribusta
Era mermo uma tentação!
Mimosa frô do sertão
Que o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guléimina,
Tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué cristão
Os oiá déssa minina.
Os ói dela paricia
Duas istrêla tremeno,
Se apagano e se acendeno
Em noite de ventania.
A tercêra era Maroca.
De cóipo muito mal feito,
Mas porém tinha nos peito
Dois cuscuz de mandioca.
Dois cuscuz, que, por capricho,
Quando ela passou por eu,
Minhas venta se acendeu
Cum o chêro vindo dos bicho.
Eu inté me atrapaiava,
Sem sabê das três irmã
Qui ei vi im Puxinanã,
Qual era a qui mi agradava.
Inscuiendo a minha cruz
Prá sair desse imbaraço,
Desejei morrê nos braços
Da dona dos dois cuscuz.
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