Educar é preciso
É oportuno dizer que, em pleno século XXI, perpetua-se o preconceito racial no Brasil. Nosso país, assim como outros países, foi colonizado por portugueses que, desde a sua chegada, usaram a mão de obra negra como principal meio de exploração das nossas riquezas. Com isso, a desigualdade étnico-racial existe desde tempos antigos entre nós, sendo possível afirmar que se construiu a ideia de que vivemos em uma sociedade igualitária.
Esse pensamento persiste pelo fato de termos diferentes categorias de raças, destacando-se, entre elas, a vermelha, a negra e a branca. Na verdade, porém, o Brasil é sim, um país racista e sua própria população afirma isso. Em uma pesquisa feita pelo site de notícias Veja, em agosto de 2020, por exemplo, consta que 61% da população acredita que a república seja extremamente racista, enquanto 34,5 % acredita que não, e 4,5% não souberam opinar.
Sou uma garota de pele escura e cabelos cacheados que já sentiu na própria pele o pior sentimento que se pode existir, o preconceito e o racismo da sociedade. Fui excluída de inúmeros grupos por não ser igual aos meus colegas de escola, mas cada dor, cada exclusão e cada palavra, tornaram-me na garota que sou agora: uma garota de 14 anos, com sonhos e esperança de uma sociedade melhor.
Por fim, vale ressaltar que o preconceito, a discriminação e o racismo não nascem com as pessoas, visto que eles também passam a ser ensinados e aprendidos por muitos durante a vida. E isso só será resolvido na sociedade por meio da educação para o respeito às várias origens étnicas, com políticas públicas que favoreçam oportunidades iguais a todos, sem exceção. Por isso, além da família, é na escola que temos o melhor lugar para a conscientização e superação desse problema.
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