General Joaquim Silva Luna, presidente da Petrobras. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Escalada dos preços - Gasolina e
diesel da Petrobrás têm maior alta desde janeiro de 2021
Por Alessandra Martins*
No Viomundo
O aumento de 18,7% da gasolina e
de 24,9% do diesel S-10, anunciado hoje (10/03) pela Petrobrás, é o maior
reajuste promovido pela estatal desde janeiro de 2021, quando teve início a
escalada dos preços dos combustíveis no país.
É a segunda vez neste ano que a
Petrobrás sobe o valor da gasolina e do diesel vendidos em suas refinarias.
O primeiro reajuste foi em 12 de
janeiro, com alta de 4,9% no preço da gasolina e de 8,1% no litro do diesel S-10.
Com esse novo aumento, a gasolina
deverá ultrapassar os R$ 7 na média nacional e o diesel poderá chegar ao valor
médio de R$ 6,46 nos postos de abastecimento.
Levantamento do Observatório
Social da Petrobrás (OSP), organização ligada à Federação Nacional dos
Petroleiros (FNP), aponta que desde janeiro do ano passado o maior aumento
havia sido registrado em 19 de fevereiro de 2021.
Na época, a gasolina ficou 10,2%
mais cara e o diesel, 15,2%.
Nesse período, incluindo a alta
de hoje, a Petrobrás já aumentou 13 vezes o preço da gasolina e 11 vezes o do
diesel.
Apesar do novo reajuste, a
Refinaria de Mataripe, na Bahia, privatizada em dezembro do ano passado, continua
com os preços acima da média da estatal.
A Acelen, gestora de Mataripe,
vende o litro da gasolina 6,8% e do diesel 2,8% acima da média da Petrobrás. Em
relação à gasolina, é o maior preço entre todas as refinarias do país.
“Os combustíveis já foram responsáveis
por praticamente metade da inflação do ano passado. Em 2021 a Petrobrás vendeu
petróleo e produtos derivados pelos maiores preços de sua história, como
apontam os demonstrativos financeiros da companhia, inclusive gerando lucro
acima dos R$ 100 bilhões. Temos muito petróleo e um grande parque de refino e
não precisamos ser reféns dos preços internacionais. A Petrobrás tem condições
de segurar os preços em prol da população brasileira, sem que isso lhe gere
prejuízo”, afirma Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro
de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).
*Alessandra Martins é jornalista, assessora de Imprensa do Observatório Social da Petrobrás (OSP).
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