Alguém o questiona:
- Está feliz?
Responde ele sorridente:
- Sim. Estou!
Agora o menino que era
tão sincero deu pra mentir. Só observo. Quem o puxara conversa sai à
francesa... Ele fica sério mais uma vez. Pergunto-me: Por que ele mente para si
mesmo? Não vejo resposta, o pergunto:
- Está tudo bem?
- Sim, está!
- Não parece!
- Oras, por quê?
- Porque sim. Por que
mentiu?
- Eu menti? Quando?
- Agora mesmo, para
aquele sujeito que saiu sem se despedir.
- Não menti, não! Por que
você diz isso? Deu para beber agora?
- Não, não bebi, bêbados
não vêem a realidade.
- E você vê?
- Sim, principalmente
quando as pessoas metem tão mal quanto você!
Ele balançou a cabeça num
gesto de indecisão e me perguntou:
- Você está muito ocupado?
E foi assim que nossa
amizade começou. Eu o ouvi atenciosamente tudo que se passava e por um momento
tive vontade de abraçá-lo e apertá-lo fortemente.
Era amizade, a mais
sincera, eu sei. Tinha a pureza dos anjos e uma maturidade incrível. Fui logo
dando palpites, palpites não, opiniões, seus problemas eram tão confusos, mas
não media esforços para ajudá-lo e ojudei muito, quase tudo tinha uma diquinha
minha. Um dia ele olhou profundamente em meus olhos e disse:
- Eu encontro minhas
respostas em você! Não sei mais o que seria de mim sem você por perto.
Eu, meio grato, meio
envaidecido, meio envergonhado o respondo num tom vermelho:
- E a minha melhor
ocupação é te ajudar, meu maior prazer é mostrar-te o caminho. Se te faço
feliz, saiba, eu reflito você!
Daquele dia em diante eu
sabia que seríamos eternos e que a melhor parte de mim seria para fazê-lo
sorrir.
Meu nome? Tempo, e o
dele, Amor.
Dandhara Jordana.
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