...”Na rua uma poça d'água,
espelho da minha mágoa, transporta o céu para o chão”...
(Newton Teixeira e Jorge Faraj)
Trecho do poema, do clássico da
música popular “A Deusa da minha rua”. É composição de Newton Teixeira e Jorge
Faraj, foi cantada por grandes nomes como Orlando Silva, Nelson Gonçalves,
Silvio Caldas entre outros. Como diriam os mais velhos, “é música dos tempos em
que se tinha vergonha na cara”.
A música fala de um apaixonado
morador de uma rua modesta em que havia uma mulher linda, uma Deusa, um sonho
de beleza e encantamento. Descreve a rua esburacada, com poças d’água, enfatiza
a modéstia desta rua e salienta, rebatendo a precária ou nenhuma pavimentação
da rua, com a importante beleza de uma moradora que encanta e paralisa o olhar
dos que a fitam.
Talvez você prezado leitor, não
tenha a sorte do autor desta música, talvez em sua rua, não viva uma Deusa,
talvez em seu portão não passe nenhuma mulher sinuosa, mas estamos certo que em
algo você se identifica, temos certeza de que em sua rua há uma poça d’água,
principalmente nestes tempos de crise e de chuva em abundância, evidentemente
há aquela poça transportando o céu para o chão, é lindo, a poça reflete a luz
da lua é de fato poético . E se em sua rua há além da poça d’água uma Deusa,
parabéns coincidentemente, foi em situações como a sua, que a música A Deusa da
minha rua foi escrita.
Talvez buracos na rua, sirvam
para inspirar outros poemas como o clássico que hora citamos, afinal os bons
poetas tiram canções até mesmos das situações adversas a exemplo de Amélia que
achava bonito não ter o que comer. Quem acha que buracos na rua, poças d’água
sirvam apenas para as deixar feias, aos motoristas que tiveram seus automóveis
danificados, a você que já teve que ir na contra-mão para desviar de um buraco,
saiba, rua feia esburacada, inspirou Newton Teixeira e Jorge Faraj fazer
acontecer A Deusa da minha rua, um clássico. Quem sabe nossas ruas também faça
fluir alguma poesia e desta forma termos mais um clássico? Assim diremos, “nem
tudo está perdido nesta terra onde as ruas tem buracos”
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