O ex-jogador e hoje comentarista
esportivo Mohammed Aboutrika, lenda do futebol egípcio, sugeriu que, pelos
critérios adotados, a FIFA deveria impor às equipes israelenses as mesmas
sanções que foram impostas às equipes russas – ou seja, a exclusão de qualquer
competição internacional.
É a velha história de dois pesos
e duas medidas.
Os horrores da guerra são
injustificáveis em qualquer canto, mas mesmo as maiores crises humanitárias não
passam de moedas de troca nas mãos das grandes potências ocidentais e de suas
organizações.
Não é à toa que alguns jogadores
árabes estão se recusando em campo a prestar aquela solidariedade cênica,
imposta pela cartolagem, à Ucrânia.
Isso está bem longe de ser uma
falta de empatia ou de solidariedade.
É coerência, consciência; uma
manifestação legítima de indignação e revolta por toda uma história de
marginalização e indiferença dos organismos internacionais em relação à
violência cometida pelo Ocidente contra os povos do Oriente Médio, da África e
de outros tantos lugares que foram destroçados e já nem geram mais comoção.
No fim das contas, o que o povo ucraniano tem de diferente do povo palestino?
Via - Viomundo
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